Hoje, na aula de Português, estivemos a homenagear-te, Sophia de Mello Breyner Andersen, porque é 6 de novembro, a data do teu nascimento.

Aproximamo-nos de ti, comentando por escrito a frase "A melhor homenagem a Sophia é ler, olhar ou ouvir os seus poemas, apreciando cada palavra e cada verso". Foi isto que fizemos...lemos-te, lemos a Sophia, porque te quisemos ler, não porque fomos obrigados a fazê-lo, só assim – concluímos -, é que iremos apreciar verdadeiramente o mundo da poesia e da liberdade.

Soubemos, entretanto, mais da tua vida... desde pequena que tens uma paixão pela literatura, em parte por causa do teu avô, que te lia poemas e fazia ouvir belas histórias e uma empregada que te ensinou de cor e salteado "A Nau Catrineta", por isso ouvimos esta música. Assim foste introduzida no mundo da poesia pela mão de adultos que fizeram com que descobrisses o dom que tinhas dentro de ti.

Contigo viajamos até ao mar e conhecemos a tua casa branca cheia de maresia. Lemos as tuas palavras "quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar", que salientam a ideia de que viveste momentos fantásticos perto do mar, que era a tua casa, o teu porto seguro...

Seguiu-se a leitura de vários poemas de onde escolhemos os nossos versos preferidos ou com os quais tínhamos mais afinidades. Destacamos, para melhor te conhecer, o "Porque" e o verso "Porque os outros têm medo e tu não", que expressa a coragem política vinda de ti, mulher que lutou pela liberdade e contra o regime de Salazar. Onde os outros são a maioria e o tu a oposição, que tem de ser forte e não ter medo de estar em minoria. Um de nós escreveu que neste poema o assunto principal é a coragem política vivida por ti, sem precisares de te mascarar.

És exemplo de coragem, exprimiste os teus pontos de vista sem ter vergonha ou medo. Os "outros", da maioria, têm medo de não agradar aos demais e por isso "calam".
Percebemos que tiveste pessoas fortes ao teu lado e te ajudaram a "atravessar este deserto do mundo". Também tu enches as nossas vidas de imaginação e segredos desde que nos apresentaste os maravilhosos mundos de "A Fada Oriana" e de "O Rapaz de Bronze".

Parabéns a quem foi e ainda é uma poetisa memorável.

Grande Mulher, jamais deixarás os nossos corações.