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Uma semana depois de intensos ensaios, cerca de 60 alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) subiram, ontem, ao “palco” do mítico Pátio das Laranjeiras e exibiram os resultados do seu trabalho no concerto final da 15.ª edição da Masterclass.

A temporada de música clássica¸ que este ano envolveu na sua orquestra o violino, a viola de arco, o clarinete, o coro e o piano, já é uma tradição na EPM-CELP. Entre os diversos intérpretes, despontaram, perante uma vasta plateia de familiares, professores, amigos e convidados, vários talentos e aprendizes já com “tarimba” profissional.

O concerto foi inaugurado pela peça “Aventuras do Pequeno João e Dom Temor, Homem Capaz de Coisas de Muito Horror”, uma representação escrita pelo professor de Português da nossa Escola, João Paulo Videira. A narrativa é sobre a figura do João, um menino que, importunado pelo Dom Temor, um homem capaz de coisas de muito horror, teve de mudar a sua rotina diária, como por exemplo, ser alegre e ouvir uma história antes de dormir.

Com a mesma expectativa e satisfação na plateia, seguiram-se os números “Disney Medley”, “Olha o Teu Caminho”, “Quando Acreditas” e “De Zero a Herói”. Na conceção, os trabalhos técnicos foram feitos pelos professores de Educação Musical, Ricardo Conceição nos arranjos musicais, Luís Santana no violino, viola de arco e clarinete, e Feliciano Castro e Assumane Saíde no piano.

web masterclass18 bA orquestra integrou alunos convidados da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, que ensaiaram as peças para a apresentação de ontem e “enturmaram-se, dando um reforço à orquestra”, declarou Ricardo Conceição. Sobre as quatro composições e a peça do “Pequeno João e Dom Temor”, exibidas no concerto, Ricardo Conceição explicou que os pequenos-artistas tiveram aulas de violino, viola de arco, piano, clarinete e coro durante uma semana, sendo que, a partir de quinta-feira, começaram a ter ensaios gerais na sala decorada pela professora de Educação Visual e Tecnológica, Inês George.

Quanto à organização do concerto, aos detalhes, ao cenário e à prestação dos alunos em palco, os presentes foram unânimes na atribuição da nota excelente. “Como sempre, durante esses 15 anos, a Masterclass não tem defraudado as expectativas dos participantes, dos educandos e do público que sempre acompanha. Gostei do evento, foi tecnicamente bem conseguido. Há que continuar na mesma perspetiva porque é orgulho para nós, pais, que temos a oportunidade de ver os nossos filhos a triunfar”, afirmou Fernando Bilale, encarregado de educação. Na verdade, segundou contou, os resultados da experiência musical da sua educanda em sala de aula transformam-se em gestos e atitudes gratificantes traduzidos na humildade, na focalização e dedicação aos esforços inspirados nos valores culturais ensinados na EPM-CELP, ou seja, “notamos que contribui grandemente para a sua inovação como indivíduo e, isso, é extremamente importante”, concluiu Fernando Bilale.

Quem também ficou impressionado e, por isso, “intimado” a ver as edições da Masterclass foi o escritor e jornalista António Cabrita. Pai de duas alunas a frequentar a nossa Escola – uma no violino e outra na viola de arco –, o também crítico literário revelou que “em termos orgânicos a orquestra estava mais entrosada” e que “os arranjos fantásticos que exibiram mostram que estão em crescimento”.

A EPM-CELP idealiza e realiza a Masterclass há 15 anos como um espaço onde assume, de forma vincada, o valor da música na formação e educação dos seus alunos.
 
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