Alunos dos oitavo e nono anos do ensino básico da EPM-CELP envolveram-se, no passado dia 21 de março, em atividades que revelaram o “segredo da terra”, das mudanças climáticas e da energia no mundo, através da experimentação e da exibição de um filme. Na repetição da experiência realizada por Eratóstenes, a qual mede o perímetro meridional da terra a partir da sombra, os estudantes concluíram que a “terra não é plana” e, através da visualização do filme “O rapaz que prendeu o vento”, consciencializaram que é urgente promover a educação para combater a pobreza.
A réplica da experiência de Eratóstenes pretendeu chamar a atenção dos alunos que a informação posta a circular na internet, concretamente nas redes sociais, segundo a qual a terra é plana, deve ser filtrada. Para isso confrontaram aquela tese com os resultados da experiência que realizaram, pela qual concluíram o oposto, ou seja, que a terra é redonda, explicou Sónia Pereira, coordenadora do projeto “Mãos na Ciência” que promoveu estas iniciativas pedagógicas.
"O Homem que prendeu o Vento"
Na sequência das atividades programadas pelo projeto “Mãos na Ciência” para o mesmo dia, alunos do oitavo e nono anos do ensino básico reuniram-se no Auditório Carlos Paredes para assistirem ao filme “O Homem que prendeu o Vento”. A obra foi exibida no âmbito das disciplinas de Físico-Química e de Educação para a Cidadania, bem como das comemorações do Dia Mundial da Floresta, igualmente assinalado a 21 de março.
A sessão de cinema teve como objetivo contextualizar a aprendizagem dos alunos em várias disciplinas, particularmente na de Físico-Química, sublinhando que o filme aborda questões de transformação de energia, de resolução de problemas a partir de um conhecimento e ilustra a utilidade da escola e do saber científico na sociedade.
O filme “O rapaz que prendeu o vento” tem particularidades inspiradoras de várias aprendizagens: é baseado em fatos reais; aborda a questão da pobreza e da vontade de um jovem em estudar, mesmo diante de vários problemas, e encerra tópicos associados ao conhecimento exato de Físico-Química, de Bilogia e de Educação Cívica. A história passa-se inteiramente em África, mais concretamente no Malawi, e o seu argumento é baseado no livro com o mesmo título que conta a história real de William Kamkwamba. Nesta altura, o Malawi viveu uma fase de transição, perturbada depois pelas cheias e, depois, pela seca intensa que arruinaram as plantações necessárias o sustento da população.
O argumento do filme inspirou os alunos da nossa Escola na consciencialização do poder da educação, do pensamento crítico e da autonomia, sobretudo no contexto e nas condições que os envolvem. Ou seja, “eles não devem esquecer que têm o privilégio de estudar numa escola de qualidade. Portanto, devem aproveitar ao máximo a oportunidade para que possam ajudar a resolver os vários problemas do mundo”, concluiu Sónia Pereira.