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Alunos dos oitavo e nono anos do ensino básico da EPM-CELP envolveram-se, no passado dia 21 de março, em atividades que revelaram o “segredo da terra”, das mudanças climáticas e da energia no mundo, através da experimentação e da exibição de um filme. Na repetição da experiência realizada por Eratóstenes, a qual mede o perímetro meridional da terra a partir da sombra, os estudantes concluíram que a “terra não é plana” e, através da visualização do filme “O rapaz que prendeu o vento”, consciencializaram que é urgente promover a educação para combater a pobreza.

A réplica da experiência de Eratóstenes pretendeu chamar a atenção dos alunos que a informação posta a circular na internet, concretamente nas redes sociais, segundo a qual a terra é plana, deve ser filtrada. Para isso confrontaram aquela tese com os resultados da experiência que realizaram, pela qual concluíram o oposto, ou seja, que a terra é redonda, explicou Sónia Pereira, coordenadora do projeto “Mãos na Ciência” que promoveu estas iniciativas pedagógicas.

web eratostenes2 mar19Para a efetivação da atividade não foi preciso muito: uma vara e o sol radiante foram o suficiente. Perto das 12 horas, com o sol perfeitamente na vertical, os alunos, orientados pela professora Sónia Pereira, colocaram uma vara a 90 graus do solo, projetando uma sombra. Os cálculos matemáticos utilizados na análise da sombra são simples, mas levam a grandes conclusões com recurso ao valor apurado do perímetro da terra, confirmando-se que a mesma não é plana. A experiência baseia-se no facto de que “se a terra fosse plana em qualquer local do planeta os raios solares teriam o mesmo ângulo, isto é, a sombra teria a mesma dimensão”, esclareceu Sónia Pereira, acrescentando que a experiência foi replicada em vários pontos do mundo. No nosso caso, os nossos resultados serão confrontados com os obtidos numa escola de Nicósia, capital do Chipre, para análise das diferenças. Este método, simples e rudimentar, foi usado por volta do ano 240 antes de Cristo pelo grego Eratóstenes, que descobriu que a terra não era plana e estimou qual seria o raio do nosso planeta.

"O Homem que prendeu o Vento"
Na sequência das atividades programadas pelo projeto “Mãos na Ciência” para o mesmo dia, alunos do oitavo e nono anos do ensino básico reuniram-se no Auditório Carlos Paredes para assistirem ao filme “O Homem que prendeu o Vento”. A obra foi exibida no âmbito das disciplinas de Físico-Química e de Educação para a Cidadania, bem como das comemorações do Dia Mundial da Floresta, igualmente assinalado a 21 de março.
A sessão de cinema teve como objetivo contextualizar a aprendizagem dos alunos em várias disciplinas, particularmente na de Físico-Química, sublinhando que o filme aborda questões de transformação de energia, de resolução de problemas a partir de um conhecimento e ilustra a utilidade da escola e do saber científico na sociedade.

O filme “O rapaz que prendeu o vento” tem particularidades inspiradoras de várias aprendizagens: é baseado em fatos reais; aborda a questão da pobreza e da vontade de um jovem em estudar, mesmo diante de vários problemas, e encerra tópicos associados ao conhecimento exato de Físico-Química, de Bilogia e de Educação Cívica. A história passa-se inteiramente em África, mais concretamente no Malawi, e o seu argumento é baseado no livro com o mesmo título que conta a história real de William Kamkwamba. Nesta altura, o Malawi viveu uma fase de transição, perturbada depois pelas cheias e, depois, pela seca intensa que arruinaram as plantações necessárias o sustento da população.

O argumento do filme inspirou os alunos da nossa Escola na consciencialização do poder da educação, do pensamento crítico e da autonomia, sobretudo no contexto e nas condições que os envolvem. Ou seja, “eles não devem esquecer que têm o privilégio de estudar numa escola de qualidade. Portanto, devem aproveitar ao máximo a oportunidade para que possam ajudar a resolver os vários problemas do mundo”, concluiu Sónia Pereira.

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