
Sonhadora, sensível! É, na mais exata expressão, como se pode falar da poetisa, escritora, pintora e professora Sílvia Bragança, que perdeu a vida, aos 83 anos, no passado dia 21 de setembro, em Goa, quando se preparava para regressar a Moçambique, sua segunda terra. E desta vez não voltou, como outrora fazia, trazendo no sorriso a arte de alegrar, de incluir e de traduzir os dramas da vida em pituras e versos de humanização.

Sonhadora, sensível! É, na mais exata expressão, como se pode falar da poetisa, escritora, pintora e professora Sílvia Bragança, que perdeu a vida, aos 83 anos, no passado dia 21 de setembro, em Goa, quando se preparava para regressar a Moçambique, sua segunda terra. E desta vez não voltou, como outrora fazia, trazendo no sorriso a arte de alegrar, de incluir e de traduzir os dramas da vida em pituras e versos de humanização.
Durante anos, Sílvia Bragança fez da sua vida, sua experiência, um modelo de complementaridade cultural que, além de tintas, quadro e inspiração, unia almas e povos. E fê-lo com prazer, a gravar a sua lírica sobre

papel e tela… ou pela liberdade, sonhando aventuras e buscando plenitudes. “O Sonho da Lua” é disso um exemplo. No poema “Pensamentos”, do mesmo livro, Sílvia grita, combatendo a indiferença: “O meu pensamento voa veloz/ Ultrapassa o vento, a chuva, a corrente/ Introduz-se no magma da terra/ (…) Descobre a Paz na guerra/ Existe no MUNDO!”.
Interventiva, certeira, a sua relação com a nossa Escola veio a materializar-se quando, na doçura do seu amor pelas crianças, pintou com os alunos um mural, no bloco do pré-escolar. São rabiscos e miniaturas pincelados que cruzam cores, sombras, sonhos, nostalgias, alegria e liberdade criativa de duas gerações. E era isso que a definia: uma artista plástica de intervenção que pincelava em versos o comportamento Humano; uma humanista que gostava de estrelas e amava crianças.
Por isso, nesta data, a Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) associa-se aos amigos, admiradores e familiares de Sílvia Bragança, prestando uma singela homenagem à sua vida e obra.
