

Para enaltecer a memória e a herança cultural do artista plástico moçambicano, A EPM-CELP irá exibir aquisições de obras do pintor, numa exposição que será inaugurada na próxima segunda-feira (20), evocando memórias de parceria concretizada com o artista e educador, em projetos pedagógicos de artes plásticas.

A ideia da mostra partiu de Mankew, que pretendia mostrar, não só a sua experiência como artista, mas também como "mestre" e fonte de inspiração de artistas em início de carreira.
Ao longo de uma brilhante carreira recebeu inúmeros prémios e distinções, no seu país natal, na extinta República Democrática da Alemanha e na Bulgária.
Viveu até à sua morte, no bairro de Xipamanine, em Maputo, onde tinha também o seu ateliê. Nascido a 1 de janeiro de 1934, em Marracuene, já na escola primária, desenhava e manifestava qualidades expressivas de representação plástica. No seu percurso, aprendeu com Zedequias Machiana, Malangatana e Lino Chongo, na Missão Suiça, em Matalane.
A sua afirmação como artista tem décadas e, nas suas obras, representou a família e o povo moçambicano, seu dia a dia, como forma de denunciar o colonialismo e lutar pela independência do seu país.
Como autodidata, desenvolveu e aperfeiçoou técnicas de desenho com tinta da china, entre 1961 e 1963. Iniciou o seu percurso como artista com uma primeira exposição coletiva de pintura e escultura na Associação Africana, em 1971, com artistas como Malangatana, Chissano, Muthemba, Samate.
Em 1973 fez a sua primeira exposição individual de pintura e desenho, seguindo-se-lhe muitas outras individuais e coletivas, em Moçambique, na África do Sul, na América Latina e na Europa, por onde espalho obras, na maioria adquiridas por colecionadores de arte.
É também autor de vários murais, com destaque para o mural da Presidência da República em Maputo, um mural na província de Tete, em Moatize e na Alemanha.