Já passam 15 anos desde que, pela primeira vez, na Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa se fizeram ouvir notas de pianos executadas por alunos. A tradição foi preservada e, na última sexta-feira, alunos, do pré-escolar ao ensino secundário, voltaram a ecoar notas clássicas, no átrio principal da Escola, diante de colegas, professores, pais e encarregados de educação, numa audição que envolveu para além do piano, momentos com violino.

Como já vem sendo hábito, esta audição excedeu as expectativas. O alinhamento das músicas, entre clássicas e modernas, a condizer com a narrativa de um espetáculo, com evidente crescimento natural dos seus executores, começou por privilegiar os mais novos, do 1.º ciclo, em músicas como “O Balão do João”, “Got Those Blues”, “Brilha-Brilha lá no Céu”, “Aloutette”, “Hino da Alegria”, entre outros, até desaguar nos mais graúdos, em notas mais complexas, longas, eletrizantes, conseguidas.

A seleção foi pensada de acordo com as capacidades performativas dos alunos, suscitando, desta forma, mais dinamismo, cumplicidade e perfeição nas notas e na postura em palco. Mestria e simplicidade era o que se esperava dos executores e, assim, Adriana e Enzo – únicos alunos de violino, acompanhados pela professora do instrumento Marla Kane – criaram o equilíbrio necessário com as notas do piano, executada por Teresa Tavares, em “When the Saints Go Marching”.

O ambiente também respirou música, clássica, com um cenário a sugerir proximidade e ambiente intimista: mesas e cadeiras próximas, luzes discretas, uma cafeteira com bolos e salgados… magia, emoções e muitos aplausos.

Em cerca de duas horas de música, a exibição de talentos atravessou várias idades e valorizou diversas culturas, destacando-se as americana, japonesa, alemã, italiana, britânica, norueguesa, germânica, e figuras consagradas como Beethoven e os Queen.

A audição terminou com a entrega de certificados de participação pela presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP), Luísa Antunes.