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O presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Luís Faro Ramos, que realiza uma visita oficial a Moçambique, reuniu-se anteontem, no Auditório Carlos Paredes, com alunos do ensino secundário, professores e Direção da EPM-CELP, bem como alguns membros da diplomacia portuguesa, para falar da importância das escolas portuguesas no estrangeiro na promoção e difusão da língua e cultura portuguesas no mundo.

Perante uma plateia atenta e, visivelmente, conhecedora do histórico contexto português, Luís Faro Ramos começou por contextualizar a constante ascensão no mundo da língua portuguesa, destacando o fato de existirem cerca de 280 milhões de falantes nos cinco continentes e o português ser a língua oficial em nove estados membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). Com recurso a uma apresentação multimédia, o presidente do “Camões” perspetivou um sucesso exponencial da língua portuguesa dentro de 80 anos. Ou seja, “em 2100 serão quase 500 milhões de falantes”, previu Luís Faro Ramos, assumindo que, neste momento, “a língua portuguesa é falada por 3.7 por cento da população mundial. É igualmente a quarta língua mais falada do mundo e a quinta com mais utilizadores na internet”. O dirigente máximo da cooperação portuguesa referiu, ainda, que o “português começou por ser uma língua de geografia europeia, abarcando Espanha e Portugal. Com o tempo passou a ser também de geografia americana, por causa do Brasil. Hoje a perspetiva é que seja de geografia africana e asiática”, afirmou.

Na segunda parte da sua apresentação, Luís Faro Ramos falou da estrutura, missão e visão do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, afirmando que a instituição está em 82 países do mundo. Tem ainda 20 centros culturais, 427 instituições, mais de 50 cátedras, 80 centros de língua portuguesa e três dezenas de serviços de coordenação do ensino no planeta.

A terceira e última parte da palestra foi cedida à plateia para expor suas dúvidas sobre a instituição e a língua portuguesa. Assim, o presidente do “Camões” foi questionado sobre as perspetivas de expansão da língua portuguesa no mundo ao ponto de vir a ocupar a primeira posição ocupada atualmente pelo mandarim. Em resposta, Luís Faro Ramos revelou que os principais desafios atuais do “Camões” é satisfazer a procura, que se mostra cada vez maior. “Temos, neste momento, 30 coordenações de ensino que ensinam a língua portuguesa. Mas a grande aposta é responder aos pedidos estrangeiros: formar professores locais para a rápida promoção da língua”, esclareceu.

Sobre a possibilidade de construção de mais escolas portuguesas no estrangeiro, Luís Faro Ramos explicou que já está a ser fechado o ciclo de construção de escolas do género, pois o que falta é a finalização da Escola Portuguesa do Brasil, que ocorrerá em 2020, fechando-se, assim, a etapa de edificação de escolas portuguesa no estrangeiro nos países falantes da língua portuguesa.
 
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