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A EPM-CELP juntou, no último sábado (21 de setembro), cerca de 250 pessoas, entre alunos, professores, pais e encarregados de educação, dirigentes e amigos, na maior ação de limpeza do mundo, o “World Clean Up Day”, na qual participa pela segunda vez consecutiva. Esta iniciativa livrou a praia entre o Clube Marítimo e o Centro Comercial Baía Mall de mais de meia tonelada de lixo, que encheu cerca de 135 sacos de 50 quilos cada, com detritos de toda a espécie, desde mantas, roupa íntima, pneus, garrafas “pet” e sacos plásticos.

A iniciativa, impulsionada na EPM-CELP pela Direção, Associação de Estudantes, Associação de Pais e Encarregados de Educação e pelo movimento Unidos Pelo Ambiente (UPA), e cooperada no terreno pela Escola Francesa de Maputo, teve como propósito limpar a praia próxima à nossa Escola e, paralelamente, chamar a atenção da população sobre o destino do lixo e a preservação do meio ambiente. Neste ano, a EPM-CELP quintuplicou o número de voluntários, duplicando, consequentemente, os resultados da recolha: 250 pessoas e 135 sacos de 50 quilos cada com resíduos recolhidos em duas horas de limpeza.

De acordo com a diretora da Escola, Dina Trigo de Mira, esta ação vai ao encontro do mote da educação que a EPM-CELP persegue: “criar cidadãos do mundo. E isto tem a ver, também, com a preservação do nosso planeta. É nossa obrigação, é um ato de cidadania, mas essencialmente é uma forma de sensibilizar os nossos alunos. Se estivermos aqui com eles criamos um bom exemplo. Estamos a garantir um futuro melhor”, ressalvou.

Mário Gonçalves, professor de Geografia, afirmou que, para além da limpeza, a ação foi um forte motivo para a criação de laços de amizade e comunhão entre os presentes, vindos de diferentes locais, sublinhando que “diferentemente do ano passado, esta edição teve mais adesão de pessoas. É bom e mostra o quão preocupados estamos com questões que envolvem o nosso presente e o nosso futuro”, disse.

Se o companheirismo e a união se revelam a esperança da humanidade, o consumismo exacerbado coloca-se como empecilho ambiental. Facto curioso é que, um ano depois de uma limpeza rigorosa no mesmo local, de centenas de oficinas sobre a preservação do ambiente, de campanhas de consciencialização e de publicidade em todos os meios de comunicação, a quantidade do lixo aumentou, quase duplicando. Para José Tomé, professor coordenador do Departamento de Ciências Exatas e Experimentais da EPM-CELP, era suposto que estivéssemos a caminhar para o fim da preocupação comum ambiental, mas não: “O que temos agora como esperança são as crianças. É mais fácil mudar o hábito nas crianças do que nos adultos. As crianças podem fazer a diferença”, declarou.

Este ano, a EPM-CELP trabalhou em parceria com a Escola Francesa de Maputo, criando-se um espaço para que voluntários de várias nacionalidades trocassem sensibilidades e interagissem em torno de um tema ambiental comum. Falando ao nosso “portal”, Elisabeth Crouzet, professora de Francês naquele estabelecimento de ensino, que tem firmado várias parcerias com a nossa Escola, revelou que, no contexto educativo, o “Cleanup Day” criou oportunidades para os alunos entenderem que a união faz a força. Ou seja, “podemos compartilhar experiências em qualquer contexto e mostrarmos ao mundo que não existe o meu lugar, o meu lixo, o meu problema. Estamos todos pela mesma causa: um futuro melhor”, concluiu Elizabeth Crouzet.
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