Enamorar, apontar os objetivos para uma comunidade académica mais satisfeita, envolvida, e convencer os potenciais eleitores sobre a sua capacidade governativa foi o mote da campanha eleitoral desenvolvida anteontem pelos representantes das três listas candidatas a dirigir os destinos da Associação de Estudantes (AE) da EPM-CELP no próximo ano letivo de 2019/2020. O debate, o último antes do pleito marcado para hoje, foi marcado por sensos e consensos, bem como muita euforia no Auditório Carlos Paredes.
A última segunda-feira foi reservada exclusivamente à campanha eleitoral. Muito cedo, as listas candidatas “E”, “M” e “S” mostraram publicamente todo o seu potencial político e mobilizador em diferentes cantos do recinto da nossa Escola. “Camisetes” identificativas, conversas, cartazes e “slogans” cativantes fizeram jus à intenção de cada um: ganhar as eleições e, durante o próximo ano letivo, comandar os destinos da AE, atualmente sob liderança de Aliya Bhikha.
Não faltam planos. Na área do ambiente, por exemplo, enquanto a lista “E” perspetiva “remover as palhinhas de plástico da cantina escolar e realizar uma angariação de fundos de modo a substitui-las por palhinhas metálicas/de cartão reutilizáveis”, a “M” quer “acabar com as garrafas de plástico, substituindo-as por opções mais amigas do ambiente” enquanto a “S” almeja “desincentivar o uso de palhinhas de plástico; promover a reutilização e reciclagem de embalagens; venda de garrafas recicláveis; colocação de ecopontos na escola”, tal como se lê nos seus manifestos.
Os temas programáticos da campanha foram levados, à tarde, à discussão plenária no Auditório Carlos Paredes perante um eleitorado ativo e ansioso por conhecer melhor as propostas e promessas. Na senda, membros das três listas candidatas debateram ideias, os problemas locais e falaram sobre os projetos anunciados na campanha eleitoral. O debate durou, aproximadamente, duas horas e foi mediado pelo professor de Português e coordenador pedagógico do terceiro ciclo do ensino básico na EPM-CELP, João Paulo Videira.
No primeiro bloco da sessão, os candidatos das três listas apresentaram-se ao público e expuseram os principais objetivos, em tempo rigorosamente cronometrado. Depois, as três listas candidatas fizeram perguntas entre si, desta vez com tema livre e tempo indeterminado para perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Os temas variaram entre a vida escolar, alternando com desporto, ambiente, ciência, artes, lazer, relação aluno-associação e associação-direção da Escola.
Do conjunto dos objetivos apresentados alguns foram assumidos pela atual direção da AE, mas outros são novidade no seio da comunidade escolar. As questões ambientais, por exemplo, fazem parte dos pontos mais desafiantes para as três listas. Embora de forma ténue, o desporto inclusivo, a defesa e o apoio de projetos pessoais dos alunos sobressaem nas propostas como desafios para o futuro da AE.
Focando-se na plateia, a segunda parte da sessão, os candidatos esclareceram dúvidas dos potenciais eleitores, em todos os campos de atuação. Na sequência, Luca Ambrosi, do “8.ºE”, deputado que representou a EPM-CELP na Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens em Portugal, surpreendeu as três representações com uma questão aplaudida e louvada pelos seus colegas. Curto e claro, o jovem deputado, questionou: “vocês têm alguma ideia ou solução para melhorar os resultados escolares dos alunos?”. A sala ficou agitada e na tentativa de responder a lista “M” afirmou que é preciso ter um ensino mais envolvente. A lista “E” sustentou que é necessário haver intercâmbios entre alunos de diferentes anos de escolaridade, ou seja, por exemplo os do 10.º ano explicarem ou ensinarem os colegas do sétimo ano. A Lista “S”, por sua vez, afirmou que vai incentivar os alunos a usarem as tecnologias para criar clubes de estudos.
No terceiro e último bloco, os candidatos voltaram ao palco para fazer as suas últimas alegações. O cenário foi de alegria, esperança e de muita responsabilidade para um futuro que se avizinha.