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As sessões do Parlamento dos Jovens 2020 já arrancaram na EPM-CELP. Ontem à tarde, alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário reuniram-se, em debate preparatório, no Auditório Carlos Paredes, para discutir questões relacionadas com a “Violência doméstica e no namoro”, tema escolhido pela iniciativa da Assembleia da República de Portugal para o ano letivo 2019/2020. Com pompa e circunstância, os políticos de “palmo e meio” expuseram as suas teorias e conhecimentos sobre o assunto, como prova da sua prestação cívica de modo a conquistar espaço para a candidatura a deputados à sessão nacional do Parlamento dos Jovens pelo círculo fora da Europa.

A atividade, dinamizada por João Paulo Videira, coordenador do terceiro ciclo do ensino básico, teve início com a visualização de um filme e a dramatização de uma peça teatral sobre a temática, encenadas num contexto social predominante de violência contra a mulher. As tramas alimentaram o debate e inspiraram a apresentação das principais ideias a associar às campanhas eleitorais dos concorrentes à Sessão Escolar agendada para 29 de janeiro de 2020 com a eleição dos deputados da EPM-CELP para a Sessão Nacional.

De acordo com João Paulo Videira, o debate de ontem visava dotar os alunos de conhecimentos práticos e de procedimentos de cordialidade parlamentar para enriquecer a discussão na Sessão Escolar. Ou seja, o debate de ontem serviu “para os alunos não tratarem o assunto uns com os outros em confronto pela primeira vez quando já for a sério. Esta é uma forma de preparar os alunos para o que virá a ser a Sessão Escolar”, explicou o docente, satisfeito com a prestação inicial dos estudantes.

O tema debatido, “Violência doméstica e no namoro”, foi previamente estudado em contexto de sala de aula na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, colando, desta forma, os participantes ao principal argumentário sobre o tema. E o debate foi vivo e alargado. De língua em riste, os estudantes abordaram os limites dos conceitos socialmente aceites, que, infelizmente, ainda promovem a violência doméstica. Os exemplos são vários e, dentre eles, destacam-se as tendências da moda, as tradições culturais, hábitos, regras e condutas sociais que aprisionam a mulher.

Os estudantes não se limitaram a apontar as causas propagadoras do mal social, mas sugeriram soluções para acabar com os problemas. Desenvolver a autoestima, reportar casos de abuso, pedir ajuda quando necessário, abandonar o parceiro em caso de excessos são para eles, entre outras decisões, as melhores medidas. Reitera, a propósito, o professor João Paulo Videira: “ontem gostei de um aspeto do debate. Os nossos alunos focaram-se tanto na vítima da violência doméstica como no agressor. Não do ponto de vista da punição, mas de tratamento clínico e psíquico, no sentido de diminuir o número de vítimas, tratando os agressores”, concluiu.

Assumindo outra perspetiva de análise do tema em discussão, João Paulo Videira afiançou que, embora traiçoeiro, o objeto do debate é pertinente e atual, embora tenha alertado os alunos para não caírem em lugares comuns. Explicou: “este tema tem disso. É um assunto muito apetecível, importante e urgente de ponto de vista social, mas leva as pessoas a lugares comuns, como campanhas de sensibilização e incidir-se só na mulher”, afirmou João Paulo Videira, que espera, convictamente, que as medidas a propor pelos nossos alunos na Sessão Nacional sejam aprovadas para “mais uma vez, mostrarmos o nosso potencial”.

A Sessão Escolar de 29 de janeiro de 2020 terá um perfil mais formal e obedecerá a uma eleição prévia de deputados que, seguidamente, irão apresentar as suas medidas. De acordo com o número de votos, serão escolhidos dois deputados para representarem a nossa Escola, caso sejamos selecionados para a Sessão Nacional.

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