publicacoes epmcelp gala2Este conto, editado em 2017 pela EPM-CELP, baseou-se na biografia de Chico António, músico moçambicano. Pedro Lopes recolhe a voz de Chico António tornando-se o narrador das aventuras de um rapaz que sai do campo para as margens das ruas da cidade, onde semeia amigos e histórias e recolhe sons e harmonias com que mais tarde comporá as suas canções. Luís Cardoso empresta a esta história cor, forma e movimento, integrando-a num cenário fantástico onde o ocre do campo se mescla com as luzes da cidade e dos seus múltiplos recantos e submundos.

Autores

Pedro Pereira Lopespublicacoes epmcelp gala int2
Nasceu em 1987, na província da Zambézia. Estudou Políticas Públicas em Pequim e ensina numa Universidade, em Maputo. Escreveu os livros infantojuvenis O homem dos 7 cabelos (2012), Prémio Lusofonia em 2010, Kanova e o Segredo da Caveira (2013), Viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas (2014), A história do João Gala-Gala (2017), em coautoria com o músico Chico António, e o Comboio que andava de chinelos (2019), Prémio Maria Odete de Jesus, em 2016.

O seu conto O coração que veio de longe (ou O homem e o líquido) figura na antologia de contos infantojuvenis “Cuentos para ler el mundo”, publicado pela Fundação Ajuda em Ação, em Espanha.

Chico António
Nasceu em 1958. Foi pastor de bois em Magude, na província de Maputo e um príncipe dos meninos de rua de Lourenço Marques onde chegou no início dos anos 60. Aos nove anos tornou-se solista e aprendeu trompete e solfejo. Fez parte dos grupos “RM” e “Orquestra Star de Moçambique”.

Ganhou, em 1990, o Prémio Radio France Internationale (RFI), com a música “Baila Maria”, num dueto com a cantora Mingas. Estudou música em França e fundou, depois o Amoya Studio and Art Gallery, Lançou, em 2014, o álbum “Memórias”. Faz tournées pela Europa e África e tornou-se colaborador regular de música para documentários, filmes, vídeos e peças de teatro.

Luís Cardoso
Nasceu em 1962, na cidade da Beira, um grande pedaço de terra conquistado ao Indico, aos baixios do Chiveve e à savana. Habituou-se, desde cedo, às suas paisagens de cores intensas e de fortes contrastes.

Apropriou-se assim de uma paleta em tons de ocre e azuis de mar, de vermelhos amadurecidos nas árvores pelas mangas e pelos cajus e também do verde-capim que circundava a casa onde viveu os meus primeiros anos de vida e que se estendia até ao longe, onde a floresta começava.

Ainda menino, lembra-se de fechar os olhos e de colorir as histórias que lhe contavam, dos espíritos e das lendas, e dos animais que falavam. Assim aprendeu a ilustrar e a pintar as histórias que ouvia...

Depois foi para a escola onde o ensinaram a ser professor de História e mais tarde designer gráfico. É profissional de publicidade e artista plástico. Já fez algumas exposições e ilustrou muitos livros. Gosta de contar histórias ilustrando, desenhando e pintando. Foi esta a maneira que encontrou para continuar a colorir o seu mundo e ajudar a colorir o mundo dos outros.

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