palestra albinismoAlunos dos 9.º E e F da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) reuniram-se, ontem, 16 de abril, no auditório Carlos Paredes, no mais estrito respeito pelas normas de prevenção da Covid-19, para discutirem e refletirem sobre a fraca ação de políticas públicas de inclusão, dificuldades médicas, discriminação, falta de apoio psicológico, entre outros obstáculos que os albinos enfrentam na sociedade. O evento, organizado pelo grupo disciplinar de Espanhol, foi marcado por testemunhos de pessoas com albinismo e de ativistas do Centro das Mercês.

Dentre vários problemas que os albinos enfrentam na sociedade, a discriminação afigura-se a principal e, por isso, a mais preocupante. Para Fernando Eusébio Afonso e Guinância Armando Mucasse, albinos e ativistas do Centro das Mercês, os olhares inconvenientes e apelidos pejorativos, sobretudo na infância, revelam a falta de consciencialização e discussão sobre o albinismo, suas condições genéticas e direitos, que são os mesmos para todos cidadãos, na sociedade.

As pessoas com albinismo, condição genética que leva o corpo a produzir pouca ou nenhuma pigmentação, apresentam duas principais condições de saúde que precisam de cuidados e acompanhamento médico: a pele delicada, muito suscetível ao cancro da pele e os problemas oculares que prejudicam a aprendizagem. Por conta disso, a parte explicativa das condições genéticas dos albinos foi conduzida, em espanhol, por Teresa Tertre e María Boente, do Centro das Mercês.

O centro pertence a um projeto que nasce da colaboração da Congregação local Irmãos Mercedárias e Irmãs da Caridade e a Organização não Governamental espanhola África Directo. O centro começou os trabalhos em 2016 e atualmente conta com aproximadamente 700 pessoas com albinismo inscritas.

Para além dos alunos e ativistas, o evento contou com a participação dos membros da Comissão Administrativa Provisória da EPM-CELP e professores de diversos departamentos.

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