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No âmbito das Comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães, divulga-se a informação veiculada pela Estrutura de Missão, referente ao programa da celebração dos 500 anos da morte de Fernão de  Magalhães, nas Filipinas, dia 27 de abril de 1521,  depois de ter atravessado o Oceano Pacifico.

Estão previstos dois programas, um para um publico infantojuvenil, gravado no Ciência Viva de Lagos,  e outro para o publico em geral, ambos emitidos pelo site www.magalhaes500.pt

O dia 27 de abril, marcará também a estreia na RTP 3, da série “Planeta Magalhães: A viagem que mudou o Mundo” de autoria e apresentação de Mário Augusto.

A EPM-CELP associa-se às comemorações com o projeto "Viagem à volta da Língua" e divulga, infra o comunicado da Estrutura de Missão do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação:

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INFORMAÇÃO À IMPRENSA
 
Primeira Viagem de Circum-Navegação
 500 ANOS DA MORTE DE FERNÃO DE MAGALHÃES
27 | ABRIL | 2021
 
CELEBRAR O SEU LEGADO NA DATA FATAL DO SEU DESTINO

 

No dia 27 de abril assinalam-se os 500 Anos da morte de Fernão de Magalhães no âmbito daquela que seria a primeira viagem de Circum-Navegação, uma expedição planeada e comandada pelo navegador português e concluída pelo espanhol Juan Sebastián Elcano.

No âmbito das atividades da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães | 2019-2022 (EMCFM), celebrou-se em março a conclusão da travessia do Pacífico e a chegada às Filipinas e, no dia 27 de abril, assinalam-se os 500 anos da morte de Fernão de Magalhães.

Após a descoberta do Estreito de Magalhães em outubro de 1520, Fernão de Magalhães concluiria a 16 de março de 1521 a travessia do oceano que batizaria de Pacifico, a maior extensão de água do planeta que revelaria o mundo como ele é. Este feito náutico acrescentaria aproximadamente 50% ao mundo até então conhecido, confirmaria a condição esférica do nosso planeta e oferecia à humanidade um, até então desconhecido, Planeta “Oceano”.

O percurso de Fernão de Magalhães nesta expedição terminaria com a sua morte em Mactan (Filipinas), naquela que seria a sua derradeira batalha cujos contornos ainda hoje confundem os historiadores.

Após de chegar ao arquipélago, Fernão de Magalhães concretizaria diversas alianças, nomeadamente a concretizada com Humabon, Rei de Cebu. Esta aliança seria vincada com a conversão do Rei, e da sua Rainha, à fé católica numa cerimónia que ainda hoje perdura como a maior manifestação católica nas Filipinas (Santo Niño de Cebú) e resultaria no país com o terceiro número mais alto de católicos no mundo.

Foi no contexto desta aliança que Fernão de Magalhães se envolveu num conflito local entre o Rei de Cebu e o chefe da ilha vizinha de Mactan, chamado Lapu Lapu. Ainda hoje se debate o que terá levado um líder experiente a envolver-se numa batalha de menor importância, apoiado apenas por um pequeno grupo de soldados, que selaria fatalmente o seu destino.

Todavia, independentemente da perspetiva histórica dos acontecimentos de 27 de abril de 1521, em Mactan, os extraordinários feitos alcançados pelo navegador português até àquela data fatídica cultivaram um enorme legado, o qual, cinco séculos depois, ainda perdura e se manifesta na contemporaneidade.

As dimensões associadas a esta expedição permitiram novas formas de conhecer o mundo nomeadamente, entre muitas outras, as associadas à cultura, ao património, à economia, à aproximação entre povos, ao estabelecimento de relações interculturais e a partilha de mundividências.

Também na realidade atual, no âmbito das emergentes preocupações ambientais, ainda é visível o legado deixado pela expedição de Magalhães.

Quando se abordam as implicações relacionadas com as alterações climáticas e a sustentabilidade dos mares e oceanos, e se recorre ao conceito de mar único para dimensionar o impacto das suas consequências, tal se deve à confirmação da intercomunicabilidade entre os oceanos em resultado direto da descoberta da passagem, por mar, entre o Este e o Oeste (Estreito de Magalhães) e a travessia da maior massa de água até então nunca superada.

Para assinalar esta data a EMCFM desenvolveu 2 projetos audiovisuais, um dedicado ao público infantojuvenil e outro ao público em geral, a serem difundidos via Internet, na manhã (10h) e tarde (18h) do dia 27 de abril, através do canal Youtube “Magalhães - 500 Anos da Circum-Navegação” (acessível também via www.magalhaes500.pt).

Ao longo dos programas serão abordados diferentes aspetos do que consistiu a expedição de Magalhães e, sobretudo, o que ficou do legado deste extraordinário navegador e aquilo que ainda hoje perdura da odisseia que culminaria na primeira viagem de Circum-Navegação.

O dia 27 de abril marcará também a estreia, na RTP 3, da série “Planeta Magalhães: A viagem que mudou o Mundo” de autoria e apresentação de Mário Augusto. Trata-se de uma série de curta duração, 14 episódios de 5 a 6 minutos que nos dão a conhecer a importância de Fernão de Magalhães e da expedição por ele liderada, revelando curiosidades histórico-científicas sobre o seu itinerário.

Não teria havido Circum-Navegação do planeta sem o espirito ousado de Fernão Magalhães, que deu outro significado à palavra internacional, descobriu “novos mundos” e alterou a forma como nos relacionamos com os outros e nos tornamos parte da comunidade internacional.

Referenciada pela NASA como a primeira orbita ao planeta Terra, a Circum-Navegação constitui-se como uma rota universal que se atravessa todos os mares e continentes, cobrindo os dois hemisférios do planeta e contribuindo para a confirmação da esfericidade e dimensão do mundo, da intercomunicabilidade entre os oceanos e da consciência coletiva de que vivemos num mundo maioritariamente Oceano, como “casa da Humanidade“, o Planeta Oceano.


Cartazes:
 
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