DSC0177Num ambiente intimista e no mais estrito respeito pelas normas de prevenção da Covid-19, dezenas de alunos do 12.º não deixaram de dizer adeus e agradecer a todos pelo companheirismo e percurso partilhado. Turma a turma, a cerimónia de finalistas aconteceu e despertou emoções diversas no Auditório Carlos Paredes.

Devido à Covid-19, as cerimónias decorreram durante cinco dias, 3, 4, 7, 8 e 9 de junho, em turmas dividas e só com a presença de dois membros da família de cada aluno que se distinguiam requinte nos trajes de gala e, depois, pelas coloridas fitas. O distanciamento físico era regra geral, a condizer com a desinfeção das mãos e o uso obrigatórios de máscaras, uma adequação rigorosa ao contexto pandémico atual.

Na música, as vozes de Leandra Reis e Agnes Golias, combinadas com o teclado de Ricardo da Conceição, animaram os momentos intercalares, e os vídeos de situações marcantes das turmas deixaram as cerimónias memoráveis. E assim a tradição foi cumprida, singela e memorável, para acarinhar e estimular o gosto pela aprendizagem dos alunos, maioritariamente, que aqui entraram ainda crianças e saem, agora, adultos, rumo à faculdade ou ao mercado de trabalho.
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As cerimónias foram inauguradas pelo 12.ºA1, na quinta-feira, 3 de junho, no dia em que a representante da turma, Maria Morango, relembrou diversos momentos, bons e maus, e expressou a satisfação, as emoções e a honra de ter partilhado a vida nesta “casa amarela”. “Somos gratos pela infância e a adolescência que esta Escola nos proporcionou. Gostaríamos de agradecer por nos darem esta oportunidade, principalmente, na situação em que hoje vivemos. Agradecer por esta cerimónia e por podermos partilhá-la uns com os outros. Por podermos partir sabendo que não ficaram palavras por ser ditas”, disse.

O segundo dia foi destinado aos alunos do 12.ºA2 que, com pompa e circunstância, enfatizaram as dificuldades enfrentadas para conseguirem o desejado diploma. Na voz de David Bernardo, a turma assumiu: “Não podemos dizer que foi tudo um mar de rosas, mas também não somos marinheiros de água doce e, como tal, navegamos este mar salgado com vontade e a desfrutar do percurso que vem com ele”, enfatizou.

Acrescentou: “apesar de não termos um baile de finalistas gigante, de não haver a viagem de finalistas que sempre quisemos, foi neste ano que nos apercebemos que o que faz a vida especial não são as festas e cerimónias, mas sim as pessoas com quem escolhemos passar o nosso tempo e partilhar os nossos momentos”.

O terceiro dia foi partilhado pelas turmas A3 e A4 do 12.º ano. Guilherme Viveiros, o porta-voz do grupo, agradeceu aos professores que marcaram as suas vidas na EPM-CELP e desejaram igual sucesso aos seus colegas que, por vários motivos, não ficaram até ao fim.
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Ter um ideal alto, servir com competência e abrir-se ao dom da sabedoria, foram também desafios que os alunos do 12.ºB prometeram seguir, durante a sua cerimónia no dia 8 de junho. Citando Theodore Roosevelt, Ishara Loureiro, a representante, ressalvou que “Não há nada no mundo que valha a pena ter ou fazer ao menos que implique esforço, dor e dificuldades”. Por isso, “Levaremos estas aprendizagens e memórias nas nossas bagagens”.

O último dia, hoje, foi para os alunos dos 12.ºC e C1. Representado por Rafael Pereira, o grupo não deixou créditos por mãos alheias: agradeceu a todos e reafirmou o seu compromisso de guardar os ensinamentos e momentos vividos ao longo dos anos na EPM-CELP.

“Não desistam dos vossos sonhos”

Na senda das celebrações da cerimónia de finalistas 2021, Luísa Antunes, presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) da EPM-CELP, lembrou que a graduação dos alunos representa, mais do que uma passagem de nível académico, a superação de inúmeros desafios, a vivência de grandes amizades, a consolidação de muitos conhecimentos e a aquisição de muitos valores, atitudes e forma de estar e ver o mundo.

De forma pedagógica, a dirigente alertou sobre os desafios que se impõem no mundo, para os quais grandes respostas se esperam: “Outras pandemias reais ou metafóricas haverá nas vossas vidas. Esperemos que o percurso que fizeram aqui na escola vos ajude a superar sempre as dificuldades que enfrentarem, sem perderem os valores que vos norteiam”. Por isso, sublinhou, “Não desistam dos vossos sonhos, por mais dificuldades que encontrem pelo caminho. O vosso caminho é como a vossa vida, é única, e só vocês podem trilhá-lo, só vocês podem vivê-la”.

Durante os cinco dias de cerimónias, Luísa Antunes apelou à segurança e criatividade dos alunos nas próximas etapas, aconselhando-os a seguirem os seus sonhos com firmeza, pois, para ela, a vida hoje em dia não se compadece com carreiras estanques, exige que a cada dia nos reinventemos e procuremos o nosso espaço de realização pessoal.

E concluiu: “Sejam exigentes convosco próprios, como o são com aqueles que convosco privam e trabalham, sem perderem, contudo, a empatia, a tolerância, a compreensão de si e dos outros, a aceitação dos erros próprios e alheios”.
As cerimónias dos finalistas encerram uma etapa na vida dos alunos do 12.º ano do ensino secundário e coincidem com o fim de ano letivo dos estudantes dos 9.º e 11.º anos.

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