
O trabalho, que teve como objetivo a resolução de um problema de nutrição agravado pela pandemia, envolveu a montagem da uma estufa de desidratação comunitária, desenvolvida em parceria com um grupo de investigação da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da UEM. O projeto envolveu, ainda, a promoção da diversidade de nutrição da população alvo, através do fornecimento de meios de conservação, da introdução de uma formulação de mistura de vegetais equilibrada (milho, mandioca, feijão, moringa e amendoim) e de formação básica sobre a importância da mesma. De forma a validar a solução proposta, foram realizadas algumas análises químicas, uma prova de sabor e um inquérito de opinião sobre duas das três composições de xima propostas.
Depois de provar a nova xima, a líder comunitária Salimina comentou: “Esta xima, anima. E se faz com que as nossas crianças cresçam melhor… vamos querer fazer.”
O responsável pela ligação entre a Reserva e a população local, Mateus Bila, referiu que houve momentos marcantes no intercâmbio entre os alunos e docentes das Escolas Portuguesa de Moçambique e Primária de Madjadjane durante o processo de construção da estufa de desidratação de vegetais.
A professora Sónia Pereira referiu que o empenho dos alunos foi fundamental para tornar possível a finalização do projeto, apesar das restrições associadas à pandemia. Mais do que a resolução de um problema, o projeto mostrou aos alunos como trabalhar em equipa respeitando a área de competência de cada um; ultrapassar as dificuldades e frustrações encontradas sempre que colocamos uma ideia em prática; lidar com questões éticas.
Durante o trabalho os alunos confrontaram-se ainda com a interdisciplinaridade (Matemática, Biologia, Física, Química e Sociologia).
No filme que está no canal Youtube da EPM CELP podemos ver o registo de alguns momentos importantes do projeto.