dislexiaOutubro é o mês de sensibilização da Dislexia, problemática que afeta cerca de 130 mil alunos que frequentam o Sistema Educativo Português, com maior incidência na população masculina. As pessoas que têm Dislexia apresentam grandes dificuldades em fazer uso adequado da região posterior do cérebro (zonas occipitotemporal e parietotemporal), pelo que enfrentam bastantes obstáculos tanto na análise de palavras como na transformação de letras em sons (leitura de palavras). É de salientar que a Dislexia não afeta a inteligência, mas os processos cognitivos, tanto os auditivos quanto os visuais.

Durante a leitura a ativação das áreas do cérebro de uma pessoa que têm Dislexia ocorrem de maneira diferente. Assim, tem uma forma diferente de aceder, processar e reter informação e conhecimento. Por isso, lê mais devagar, precisa de mais tempo para processar a informação, é lhe difícil fazer textos e recados, identificar o significado das palavras. Pode trocar letras de grafia semelhante, omitir letras, sílabas, acrescentar letras, sílabas, etc.

Em geral, as crianças que têm Dislexia apresentam atraso na psicomotricidade, na lateralidade, na orientação espaciotemporal, dificuldades de atenção e concentração e problemas percetivos auditivos e visuais, mas são extremamente curiosas, criativas e intuitivas. A Dislexia evidencia-se muito precocemente em contexto escolar, mais concretamente na aprendizagem da leitura (descodificação e compreensão), isto é, na dificuldade em aprender a ler, apesar de o ensino ser convencional, a inteligência adequada e as oportunidades socioculturais suficientes.

O diagnóstico, o mais precoce possível, é essencial para que possam beneficiar de reeducação da escrita e da leitura. Ou seja, de apoio especializado para reforço e desenvolvimento das suas áreas específicas, isto é, direcionado para a superação das dificuldades inerentes à sua problemática como: consciência fonológica, perceção e memória auditiva, semântica e visual, linguagem compreensiva e expressiva e competências psicomotoras e motoras.

Em todo este processo é crucial a família. Para que a criança aprenda a gostar de ler é fundamental que a família incentive a leitura, sobretudo através do exemplo. Devem existir momentos em que em família, individualmente, todos leem (aprender a gostar de ler por observação) e momentos de leitura diária conjunta, em que os livros a usar deverão ser com temas do interesse da criança. A viagem de carro até à escola e a hora da refeição em família são também ótimos pretextos para explorar o significado de novas palavras, aprender uma canção, o número de telefone do pai/mãe, trava línguas, fazer jogos de palavras que rimam e estimular, através do diálogo, o seu vocabulário.

Por último, não podemos deixar de referir que o hábito da leitura trabalha as emoções da criança, promove as suas habilidades linguísticas e melhora as suas capacidades comunicativas. Aspetos muito importantes, quer para as interações sociais, quer para as atividades escolares.

ALBERT EINSTEIN (1879-1955)
Físico e académico alemão, de origem judaica. Recebeu o Prémio Nobel em 1921 pelos contributos teóricos que deu ao desenvolvimento da física quântica. Mas ficou célebre sobretudo pela sua Teoria da Relatividade Geral, relacionada com a passagem do tempo, a geometria do espaço, o movimento dos corpos em queda livre e a propagação da luz. Em 1933, com o início do domínio nazi na Alemanha, refugiou-se noutros países, acabando por se fixar nos EUA, naturalizando-se norte-americano em 1940. Foi-lhe proposto em 1952 o cargo de Presidente da República de Israel, que recusou. Ficou célebre por muitas frases, entre as quais esta: “Deus não joga aos dados com o universo.” Tal como muitas outras pessoas com Dislexia, começou a falar tarde, aos 6 anos.

STEVE JOBS (1955-2011)
Notabilizou-se como cofundador, presidente e diretor executivo da Apple e por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicações digitais. Foi diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company. Revolucionou o mundo da tecnologia ao desenvolver o primeiro computador Macintosh, o iPod e o iPhone. Apesar de ter demonstrado ser muito inteligente em criança, viveu muita frustração na educação formal, o que o levou a trabalhar na eletrónica com o pai na garagem da família, onde começou a desenvolver as suas habilidades.

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