Paulina ChizianeOntem à noite, a ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca, anunciou o vencedor do Prémio Camões, o maior prémio de literatura em língua portuguesa, no valor de 100 mil euros. E em destaque está Paulina Chiziane, a terceira moçambicana a receber o galardão, depois de José Craveirinha, em 1991, e Mia Couto, em 2013. A autora de "Balada de Amor ao Vento" é, também, a primeira mulher africana a receber o prémio.

O júri decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio à escritora destacando a sua vasta produção e receção crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional da sua obra. O júri lembrou, igualmente, a importância que a autora dedica nos seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana.

Com 66 anos, Paulina Chiziane nasceu em Manjacaze, um bairro humilde nos arredores de atual Maputo. Em 1990, Paulina Chiziane publica o livro "Balada de Amor ao Vento", tornando-se assim na primeira mulher a publicar um romance no país. Para além deste, lançou também Ventos do apocalipse (1993), O sétimo juramento (2000), Niketche: uma história de poligamia (2002), O alegre canto da perdiz (2008), As andorinhas (2009), Eu, mulher: por uma nova visão do mundo (2013), Ngoma Yethu: o curandeiro e o Novo Testamento (2015) e O canto dos escravizados (2017).

A EPM-CELP felicita a “contadora de histórias” por este prémio que tanto orgulha a nação moçambicana e por trilhar os caminhos do universo feminino.

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