O futuro dos seus educandos é a prioridade da nova Associação de Pais e Encarregados de Educação da EPM-CELP. Entre 24 e 30 de março, decorre a Feira do Futuro, um evento promovido por aquela associação, pela Coordenação e pela Direção da Escola, que visa contextualizar e preparar os alunos para o acesso ao Ensino Superior nas áreas de Ciências e Engenharias, Ciências Sociais e Humanas, Saúde e Desporto, Gestão e Economia, Artes e sobre as lideranças. Dezenas de profissionais de diversas áreas partilharam, individualmente, as suas paixões e os desafios das suas profissões com alunos dos 9.º, 10.º, 11.º e 12.º anos.
Marcos Pereira é biólogo marinho e tem dois filhos na EPM-CELP. Para ele “não há escolhas certas. A escolha certa é tu fazeres uma coisa que gostes. E isso não te impede que, ao longo do caminho, faças outra. Não há norma, não há padrão. Não é proibido ter uma nova profissão, ter outras paixões. Então, é preciso que os alunos saibam que nas escolhas interessa a paixão, a dedicação e o brio”, explicou.
O encarregado de educação, confessou, faz parte de uma geração sem muitas referências profissionais, o que, por sua vez e aliado à liberdade dada pelo seu pai, contribuiu para a busca dos seus sonhos. “Esta é uma iniciativa ótima para os nossos filhos. Ouvir histórias de pessoas reais, contadas na primeira pessoa é mais inspirador que um testemunho da TV. Isto porque, normalmente, as referências imediatas são dos membros da nossa família. No meu caso, por exemplo, foi completamente diferente. Também porque tive o apoio do meu pai e muito cedo descobri a minha paixão pelo mar”, contou Marcos para quem “nunca passei por nada parecido, nem quando era mais jovem e precisava de uma orientação”.
Cristina Leitão não tem nenhum tipo de vínculo com a EPM-CELP. Foi convidada para falar de si, das suas paixões e desafios como mulher formada em Informática e Gestão de Empresas e consultora de profissão. Está em Moçambique há dois anos e vê nesta iniciativa uma viragem, um expandir de oportunidades que visam estimular os sonhos dos alunos. “Como mulher informática ainda não sinto nenhum tipo de discriminação. O que sinto é um machismo generalizado, tal como acontece em todas as áreas”, esclareceu.
Aos alunos, que foram passando na sua “mesa de inspirações”, consciencializou sobre a paixão pelo trabalho. Isto é, “Todas as escolhas que fazemos com amor são certas, mas, independentemente do que vão fazer, têm de ir para o trabalho que gostam e que façam com coração. Levantar da cama sem um objetivo, sem gosto, não é viver. Portanto, Graças a Deus não somos árvores: podemos ir mudando de preferências, podemos trabalhar em qualquer parte do Mundo, podemos ter várias profissões, para estimular ou preenchermos as nossas paixões”.
Desde o primeiro dia, a Feira do Futuro tem-se mostrado um evento com um referencial inspirador para os alunos dos 9.º, 10.º, 11.º e 12.º anos. Hoje, o programa foi dividido em dois momentos. O primeiro, “speed dating das profissões”, colocou, no átrio principal e na nova cantina, os alunos em diálogo com profissionais de diversas áreas, tais como médicos, jornalistas, biólogos, engenheiros, pilotos, entre outros, e o segundo incidiu na importância das soft skills, no Auditório Carlos Paredes.