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De acordo com a Resolução aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 27/04/2017, foi designado como Dia Mundial da Criatividade e da Inovação o 21.º de abril.

Como ficou registado naquela deliberação, a Assembleia Geral teve presente a Carta das Nações Unidas, os propósitos e princípios que nela constam, assim como as funções e faculdades do sistema das Nações Unidas, com a especial relevância dada à promoção da cooperação internacional nos domínios económico, social, cultural, educativo e sanitário. Recordando a Constituição da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a conservação, o desenvolvimento e a difusão do saber deverão favorecer a cooperação entre as nações, em todos os campos da atividade intelectual.

Esta resolução veio reafirmar um amplo conjunto de Objetivos, orientados para um Desenvolvimento Sustentável e apoiados em metas universais, transformadoras, de grande alcance e centrados nas pessoas que podem já ser encontrados na resolução 70/1, de 25 de setembro de 2015, intitulada “Transformar o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, bem assim como no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, “O futuro que queremos” (Rio de Janeiro, Brasil, 20 a 22 de junho de 2012).

A necessidade de centrar a atenção na importância das micro, pequenas e médias empresas na prossecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em particular na promoção da inovação, da criatividade e do trabalho decente para todos, é reconhecida na resolução 71/279, de 6 de abril de 2017. Reconhecendo que a inovação é essencial para a concretização do potencial económico de cada nação e a importância do apoio ao empreendedorismo, à criatividade e à inovação em larga escala, estas resoluções inscrevem-se no propósito integrador de conferir uma dinâmica renovada ao crescimento económico e à criação de emprego, ampliando oportunidades para todos, incluindo jovens e mulheres.

À criatividade e à inovação é reconhecido então um protagonismo desejável, renovador e - de facto - caraterístico dos melhores sucessos do génio humano. Ao longo da História, estas terão sido das mais decisivas e - sublinhe-se - pacíficas marcas das mudanças que designamos como Desenvolvimento.

Neste Dia Mundial da Criatividade e da Inovação, o convite feito pelo Grupo de Artes Visuais ao Engº Alfonso Cabrillo visou o testemunho - na primeira pessoa - de um projeto de arquitetura e urbanismo sustentáveis em curso nesta capital, Maputo. Dirigida a todos os alunos do 9º ano e aos discentes dos Cursos de Artes Visuais e Ciências e Tecnologias, no sentido de uma sensibilização para as questões levantadas nesta celebração, foi apresentado um conjunto de respostas práticas orientadas para a sustentabilidade e o respeito pela envolvente, como as que caracterizam o Projeto Casa Minha, no bairro Polana Caniço.
A interação entre o palestrante e a plateia, por parte de alunos e professores, confirmou a pertinência e atualidade do tema, deixando mesmo a expectativa de iniciativas subsequentes, como visitas de estudo ou trabalho de registo e investigação, dando razão às citações apresentadas como introdução à sessão, de António Prista, Carlos Serra e Luís Bernardo Honwana

“…Não está a ser suficientemente considerado entre nós o papel da própria cidade, no restauro dos valores cívicos.

A cidade, enquanto ser coletivo, capaz de assumir e “pensar“ os seus problemas (e não apenas como sistema administrativo) é um ator importante e talvez o único capaz de dar sentido ao conjunto de intervenções setoriais que as pessoas reclamam.

A cidade, a cidade capital sobretudo, não é apenas a sede do poder de estado e o seu motor económico. Ela é também como que a sede da consciência moral da nação.

É daí que vem o grande potencial que a cidade capital possui de influenciar o padrão comportamental do país. Negativamente ou positivamente.

(…) estamos de uma maneira geral perante a ruralização da cidade porque quem a habita não se sente compelido ou encorajado a fazer o necessário esforço de integração numa cultura urbana, como acontecia no passado àqueles que habitavam a cidade de caniço.

Uma das formas modernas de intervenção urbana, quando é necessário recuperar e revitalizar espaços degradados pelas mais diversas razões, é a ‘requalificação’. Mesmo entre nós estão em curso alguns projetos de requalificação em bairros da periferia.” (LBH)

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