
O Auditório Carlos Paredes da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) recebeu, no passado dia 7 de fevereiro, uma sessão de cinema com projeção do filme “Cuerdas”, de Pedro Solís García, seguida de debate entre os espetadores. A iniciativa, que faz parte do plano de atividades do Plano Nacional de Cinema (PNC) da nossa Escola, destinou-se aos alunos do segundo ano do primeiro ciclo do ensino básico.
“A sessão pretendeu promover o gosto pelo cinema de animação e despertar a sensibilidade da plateia para a necessidade de incluir e respeitar as diferenças que existem entre todos nós”, esclareceu Sandra Cosme, professora de Português e coordenadora do PNC na EPM-CELP.
Professores e alunos assistiram com entusiasmo ao filme que aborda a temática da paralisia cerebral. “Acho que este tipo de filme é um ponto de partida para a abordagem deste género de problemáticas”, destacou Eunice Feliciano, professora do «2.ºC», que garantiu estarem os alunos “despertos para estes problemas.”
Os alunos mostraram-se sensibilizados para as dificuldades que as pessoas com deficiência visual enfrentam diariamente, revelando isso mesmo logo após o termo do filme, durante o debate interativo. “Devemos ser amigos porque os meninos com dificuldades precisam da nossa ajuda. Se estivéssemos na mesma situação também íamos gostar de ser ajudados”, disse Vitória Santiago, do «2.ºC», enquanto Keann Moshe, do «2.ºA», identificado com o filme, afirmou: “brinco com os outros meninos e gosto deles”.
Participou na iniciativa a professora do ensino especial Ana Paula Gomes, que, secundada por Margarida Abrantes, docente de Educação Física, apoiou o debate, lançando questões à plateia. “A atividade cumpriu os objetivos pretendidos, os jovens mostraram ter tido noção da responsabilidade que temos em dar atenção aos outros, de cuidar e de perceber que do outro lado está um ser humano que requer atenção”, afirmou no final Ana Paula Gomes, que considera necessário reeditar este género de atividades com o envolvimento de toda a comunidade educativa porque, declarou, “ainda estamos na pré-história da inclusão”.
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