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O recital de guitarras, apresentado na última sexta-feira (9 de novembro), no Auditório Carlos Paredes da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) pelos professores de música e guitarristas portugueses Artur Caldeira e Daniel Paredes, aproximou o público amante do clássico e “nostalgiou” vários espetadores com temas consagrados da música portuguesa associados a Carlos Paredes, Raúl Nery ou Luís Goes, entre outros, reinventados pela dupla de instrumentistas convidados.

O concerto foi essencialmente dedicado à música portuguesa, alternando as guitarras clássica e portuguesa no resgate a temas dos anos 60 a 80 com histórias de amor e superação. Em cerca de 30 minutos de “guitarradas” conhecidas, Artur Caldeira e Daniel Paredes reinventaram ritmos, revelando virtuosismo e as diferentes faces da guitarra lusitana, indo do lirismo melódico de Raúl Nery às musicalidades brilhantes de Luís Goes e desaguando no romântico do, provavelmente, o maior intérprete da guitarra portuguesa, Carlos Paredes, que dá o nome ao nosso auditório.

De acordo com Artur Caldeira, tecnicamente estivemos perante um recital de arranjos musicais que espelharam a cultura portuguesa, embora estivesse presente o timbre do clássico nas músicas apresentadas. Sobre o concerto, o também professor da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto avançou que “ficámos muito admirados com a qualidade da Escola, com as instalações, com o ambiente, com o silêncio que as crianças fazem a assistir pois é muito importante elas perceberem quando é que devem fazer silêncio para ouvir e apreciar a música”, declarou, confessando ter percebido que na EPM-CELP “há um clima adequado para a aprendizagem artística”.

No mesmo palco, antes da atuação da dupla de convidados, cinco alunos da nossa Escola, acompanhados pelo professor de guitarra clássica, Queiróz Júlia, mostraram os seus talentos na viola, interpretando temas exemplares como o “Hino à Alegria” a partir do poema escrito por Friedrich Schiller, em 1785, e cantado no quarto movimento da nona sinfonia de Ludwig van Beethoven. Avaliando a desempenho dos alunos, Queiróz Júlia afirmou que o intercâmbio vai motivar cada vez mais os estudantes, uma vez que, presencialmente, puderam ver artistas renomados a executarem os instrumentos que eles estão a aprender. É, assim, “positivo para as duas partes – professores e estudantes – porque aquele momento de partilha no mesmo palco é um incentivo para os alunos e uma experiência para os mestres. É uma luz que lhes indica estarem no caminho certo”, concluiu o professor.

No final do espetáculo, a diretora da EPM-CELP, Dina Trigo de Mira, ofereceu aos guitarristas Artur Caldeira e Daniel Paredes sacolas com livros chancelados pela nossa Escola no âmbito da promoção da leitura e da escrita.

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