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A peça teatral “O Último Grimm”, adaptada do livro com o mesmo nome do escritor português Álvaro Magalhães, expõe, em toda a sua extensão, argumentos que nos conduzem à tese do valor atribuído à amizade e à lealdade. O trabalho foi apresentado hoje, ontem e anteontem no Auditório Carlos Paredes da EPM-CELP, pelos alunos dos “5.ºD”, “6.ºC”, “8.ºC” e “9.ºD” e pelo professor de teatro, Rogério Manjate, dinamizador do grupo estudantil “Maningue Teatro”.


web teatro.grim2 mai19Na obra, o drama gira em torno de William Zimmer, o último Grimm, e a princesa Ariteia, passando por outros intervenientes ao longo da história, todos eles interpretados por adolescentes e jovens aprendizes da nossa Escola que, recorrendo a vários suportes e meios, unem as linhas que habitualmente separam o romance da encenação, da recriação e do imaginário. Os campos de ação, conquanto não fossem cabalmente representados no palco, deram valor acrescido ao trabalho, destacando-se a biblioteca, onde a narrativa começa, que faz emergir a fala das fadas: “não há coisa mais chata do que um livro em branco”.

Em poucos minutos, os personagens, que mudam de rosto ao longo da história, transportaram-nos para dois mundos diferentes: o nosso mundo, considerado normal, e um mundo irreal, de fantasia e imaginação. Povoado de criaturas mágicas e visivelmente distantes, o “Outro Lado” tem, na peça, a responsabilidade de revelar o confronto entre o bem e o mal, a lealdade e o egoísmo, a ação e a consequência.

Aventuras, desafios, medos, receios e mistérios são momentos presentes na narrativa, que não deixa de expressar sentimentos de altruísmo, coragem, solidariedade, amor, dedicação e respeito. No desenrolar da trama, William, que é representado por três alunos, cada um na sua vez, encontra-se numa situação que tem de, rapidamente, salvar a sua princesa Ariteia, web teatro.grim3 mai19transformada numa bela estátua de pedra e, por isso, privada de vida. Neste instante, tanto no palco como na plateia, o ambiente é o de uma inesperada aflição, transmitindo ao público o que o artista procura e espera ver identificado e reconhecido: o suspense, a trama e a dúvida. Enquanto isso, a plateia foi surpreendida pela dinâmica e originalidade dos personagens Princesa Eritreia, o Gato da Botas – sem botas -, a Rainha de Copas, o “abrupto” Ciclope na figura de Rogério Manjate, as fadas e, naturalmente, William Grimm, “aquele que vê”, desdobrado em múltiplos atores que encarnaram o protagonista da obra.

No fim do evento, numa sessão de perguntas e respostas, alunos convidados, professores, pais e encarregados de educação apresentaram questões e esclareceram dúvidas sobre a construção da peça dramática acabada de ser representada. Na senda, Francisco Carvalho, subdiretor da EPM-CELP, revelou ter feito teatro amador na sua juventude, encorajando os pequenos atores a continuarem a trabalhar na arte porque, segundo explicou, “a boa coisa que o teatro nos dá é uma paz interior, principalmente quando conseguimos encarar perfeitamente os personagens”.

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