A peça, escrita em 1961 e proibida em Portugal até 25 de Abril de 1974, teve a intenção de criticar o regime de Salazar e os ideais fascistas que defendia, bem como as metodologias usadas para reprimir as pessoas de opinião contrária ou discordante. Para tal, Sttau Monteiro, que foi preso político, recorreu ao paralelismo histórico e à técnica do distanciamento de Bertol Brecht para chamar a atenção para a repressão levada a cabo pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado, criada em 1945) e incitar à luta pela liberdade.
Nádia Silva, Flávia Gomes, Madina Bachir, Tatiana Mendes, Jeremias Júnior e Pryien Amarci são os alunos finalistas da EPM-CELP que, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa e encenados pela professora Ana Paula Relvas, interpretaram o excerto de “Felizmente Há Luar”, precisamente os Diálogos de Matilde. Esta, companheira do general Gomes Freire de Andrade, dialoga com António de Sousa Falcão, o melhor amigo e companheiro de luta do militar que está preso no Forte de São Julião da Barra e aguarda execução na fogueira que se vislumbra a partir do palco.
Um momento cénico que, a um só tempo, celebrou a arte literária e homenageou a liberdade.
Liberdade evocada pelos alunos do 3.º ano
Os alunos do 3.º ano do ensino básico tiveram, esta manhã, no Auditório Carlos Paredes, uma sessão de leitura de textos evocativos da liberdade e da celebração do 25 de Abril de 1974 em Portugal. Para tanto procederam à leitura individual e colectiva de vários textos, bem como à distribuição de cravos simbolizadores da Revolução do 25 de Abril.
Esta iniciativa enquadrou-se no âmbito das actividades da Biblioteca Viva que, desta forma, também comemorou o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.
Paralelamente, têm decorrido, desde a passada quarta-feira (21 de Abril), na Biblioteca Escolar José Craveirinha, uma exposição de cartazes alusivos à História do Livro e sessões de leitura e de contos.