web parlamentojuvenil
A EPM-CELP vai estar presente na Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens do Ensino Básico, nos próximos dias 2 e 3 de maio, na Assembleia da República de Portugal pelo círculo fora da Europa. Àliyah Bhikha (9.ºA) e Daniel Bernardo (9.ºB) são os dois jovens “deputados” que vão defender em Lisboa o projecto de Recomendação da nossa Escola sobre o tema “Racismo, Preconceito, Discriminação”, de acordo com a deliberação do Júri Nacional reunido no passado dia 10 de fevereiro.

A deliberação teve em conta vários fatores, como a qualidade do projeto de resolução e do relatório do professor responsável, bem como o número de listas concorrentes à Sessão Escolar. Após este escrutínio as escolas, a seleção pelo círculo Fora da Europa recaiu sobre a nossa Escola que, assim, vai defender na Assembleia da República o seu Projeto de Recomendação.

As sessões nacionais na Assembleia da República começarão a 2 de maio e as reuniões, a ser presididas por deputados do parlamento, debaterão os projectos de recomendação dos vários círculos eleitorais. O dia 3 de maio será dedicado à Sessão Plenária que será dinamizada por uma mesa composta pelos jovens «deputados». Na segunda parte da Sessão Plenária serão debatidas as medidas aprovadas na véspera nas comissões e seleccionadas apenas 10 para integrar a recomendação final à Assembleia da República.

O Projeto de Recomendação da nossa Escola é o seguinte (transcrição integral):

“Dado que o racismo, o preconceito e a discriminação se baseiam na ignorância e na falta de conhecimento, as três medidas são focadas na formação, quer nas escolas, quer nas empresas.
A principal vantagem que todas as medidas têm em comum é o facto de terem sido pensadas de modo a serem de fácil implementação. As medidas são práticas e específicas, podendo ser aplicadas sem a necessidade de muita ajuda externa. Com estas medidas, pretendemos construir uma sociedade com cidadãos tolerantes, com capacidade de compreensão e aceitação da diferença.

Desde os tempos primitivos, a Humanidade apenas se limita a passsar o seu conhecimento de geração em geração. Ao introduzir estas medidas em Portugal e as mantermos em atividade durante os próximos anos, as manifestações de racismo irão diminuir significativamente. Com isto, pretendemos, não só mudar pessoas, como também mudar uma nação.
Pelo facto de viverem em Moçambique, os deputados do Parlamento dos Jovens vivenciaram uma mistura pacífica de culturas, nacionalidades e opiniões, dando-lhes margem de manobra e conhecimento não apenas teórico, mas também experienciado.

Nas medidas dois e três, presenciamos algo que as une, a educação. É através da educação que podemos formar e informar os futuros cidadãos e os futuros adultos. A escola é o único local onde podemos abrir novas portas, mostrar inovação e promover a formação de cada um de nós.

Não queremos construir um futuro sem nos basearmos no presente, logo, as medidas com base na educação são atividades que podemos realizar no presente, com resultados imediatos e práticos pois apenas necessitamos do apoio das direções escolares.

Sendo a educação um ciclo constante, estamos sempre a aprender, mesmo depois da formação profissional. Com a medida 1, pretendemos complementar a educação com os valores morais relacionados com o racismo, preconceito e discriminação.

Assim, vamos começar a fazer a mudança que queremos ver no mundo.

MEDIDAS PROPOSTAS

1. Projetos de Multiculturalidade nas Empresas. Para mudar a maneira de pensar dos adultos mais preconceituosos deve-se aplicar medidas nos seus postos de trabalho. Todas as empresas ou instituições deveriam organizar um projeto de convivência entre trabalhadores. Palestras, trabalhos, exposições, eventos gastronómicos, entre outros. Estes projetos devem ser apresentadas ao Estado e depois passarem obrigatórios.

2. Semana da Multiculturalidade. Propomos criar um programa para as aulas de educação para a cidadania que inclua o debate sobre as diversas culturas e seja acompanhado de uma semana cultural, obrigatória, em todas as escolas portuguesas, onde os utentes conhecessem e contactassem com as diversas realidades culturais através de seminários, mostras de gastronomia, sessões de cinema, documentários e debates.

3. Assembleia dos Jovens Pensadores. Implementação nas escolas, 2ºCEB. 3º CEB e Secundário, de um debate mensal, por turma, acerca da problemática da discriminação, preconceito e racismo. Realização, no final do ano letivo, de uma assembleia geral, onde os alunos de todas as turmas do seu respetivo ano se pudessem reunir e tirar conclusões e propor medidas na sua escola e na sua comunidade, freguesia, concelho, sobre estes fenómenos.

--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--

Topo