
O projeto "Suplemento de Oringa - Packs nutritivos no Programa de Educação da Rapariga no Parque Nacional da Gorongosa”, dos alunos do 12.º ano de Química da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), Olívia Rocha, Keval Ramniclal e Aaminah Rassid, foi selecionado para a 15.ª Mostra de Ciência do Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola” 2017/2018, agendada para setembro próximo.
O “Suplemento de Oringa” é um dos 39 projetos selecionados entre os 246 apresentados a concurso no quinto escalão (ensino secundário) que passaram à fase de desenvolvimento. É também, assim, um dos 100 melhores projetos escolhidos para a Mostra Nacional de entre os 1269 concorrentes à fase de “concurso de ideias” do Prémio “Ciência na Escola” 2017/2018. É a segunda vez, em menos de 20 dias, que o “Suplemento de Oringa” é distinguido em certames científicos realizados em Portugal pois no passado dia 2 de maio conquistou uma menção honrosa na 12.ª Mostra Nacional de Ciência do 26.º Concurso de Jovens Cientistas e Investigadores organizado pela Fundação da Juventude.
Coordenado pela professora de Química, Margarida Duarte, o projeto dos nossos alunos tem como objetivo melhorar as condições de saúde de uma população específica do Parque Nacional de Gorongosa (PNG), fazendo jus ao tema “A ciência na escola ao serviço do desenvolvimento e da humanização” que inspira, este ano, o Prémio “Ciência na Escola” da Fundação Ilídio Pinho. Através da desidratação de ovo e de moringa, ricos em iodo e vitamina A, os alunos da EPM-CELP criaram um suplemento alimentar que pretende amenizar deficiências nutricionais que existem em Moçambique, nomeadamente nas comunidades rurais da Gorongosa. Aproveitando a parceria existente entre a EPM-CELP e o PNG, realizaram, na fase de desenvolvimento do seu projeto, uma visita à Gorongosa para testar a recetividade dos responsáveis daquela reserva natural e, sobretudo, das comunidades da zona tampão da mesma.
O Prémio «Ciência na Escola» resulta de um protocolo celebrado entre a Fundação Ilídio Pinho e os ministérios da Educação e da Economia de Portugal, visando motivar os alunos dos ensinos pré-escolar, básico e secundário do sistema educativo português para a aprendizagem das ciências e para a escolha de áreas tecnológicas. Para a atribuição dos prémios anuais é aberto concurso para determinadas áreas científicas, o qual se desdobra nas fases de ideias e de desenvolvimento de projetos. Os prémios do concurso de ideias, no valor de 500 euros cada, destinam-se a apoiar a implementação dos projetos selecionados pelo júri regional para a participação na etapa de desenvolvimento dos mesmos.
Recorde-se que, na edição de 2017 do Prémio Fundação Ilídio Pinho, o projeto «Bioplástico a partir de amido de mandioca», da autoria de Francisco Fernandes, Beatriz Amado, Rushali Sacarlal e Sumaira Shazid, conquistou um prémio no decorrer da 14.ª Mostra Nacional realizada em Portugal. «Doseamento do Flavonóide Quercetina na Casca de Cebola Roxa», das alunas Raquel Gouveia, Xénia Grachane e Jenisha Dipak Rodrigues, e «Casca de Ovo no Combate ao Raquitismo em Moçambique», dos alunos Yash Jahit, Edgar Faria e Rahit Sacarlal, são os nomes dos outros projetos que foram distinguidos no certame da mesma iniciativa. Mas a distinção maior da EPM-CELP no prémio “Ciência na Escola” da Fundação Ilídio Pinho ocorreu em 2016 quando o nosso pré-escolar conquistou o primeiro lugar do respetivo escalão, na 13.ª Mostra Nacional, realizada no Pinhal Novo, com o projeto “Gubuta A Thinsuna, Evita a Malária”, coordenado pela educadora Ana Isabel Carvalho.