
O projeto científico “FISHFERT – Biofertilizante a partir de vísceras de peixe”, sustentado no aproveitamento de vísceras de peixe como biofertilizante para a agricultura em Moçambique, dos alunos da EPM-CELP Raissa Omargee, Luana Rossini e Diogo Serra ganhou uma menção honrosa na 13.ª Mostra Nacional de Ciência, organizada pela Fundação da Juventude, em Portugal. O certame premiou, igualmente, Carlos Oliveira, professor de Ciências Naturais da nossa Escola, nas categorias Prémios Principais, Prémios Especiais, Menções Honrosas e Participações Internacionais.
Selecionado para a 13.ª Mostra Nacional de Ciência, “FISHFERT – Biofertilizante a partir de vísceras de peixe” conquistou um dos seis lugares das menções honrosas, deixando para trás cerca de 80 concorrentes de escolas do sistema educativo português. Pela EPM-CELP concorreram também os projetos “Eletrofloculação” (de Diogo Pinto, Mário Aliang e Welington Mungoi) e “Dessalinização da Água do Mar” (de Inês Almeida, Gonçalo Franco e Gonçalo Padrão), coordenados pela professora Margarida Duarte, de Ciências Físico-Químicas,
O projeto “FISHFERT” valoriza as vísceras de peixe para a biofertilização dos campos de agricultura, uma das fontes de subsistência de Moçambique. Para a efetivação do trabalho, os alunos pensam em recolher a matéria prima nos maiores mercados de peixe de Moçambique. De acordo com Carlos Oliveira, professor-coordenador do projeto, a vantagem do uso de tripas do peixe como adubo é mais do que explicável para o sucesso da ideia porque “este, ao contrário do químico, é barato e atua sem deixar vestígios químicos e prejudiciais ao ecossistema”, explicou o docente.
Um professor, vários prémios
A história do professor Carlos Oliveira começa, na EPM-CELP, no início deste aluno letivo, segundo o próprio tempo suficiente para um trabalho árduo. “Quando me apresentei aos alunos, disse-lhes que gostava de desenvolver projetos, explicando que deviam escrever um artigo científico para submeter ao concurso Jovens Cientistas Investigadores”, contou Carlos Oliveira, que aponta como próximo passo a conquista do primeiro lugar da Mostra Nacional de Ciência.
Para além de ter levado os nossos alunos à etapa final da 13.ª Mostra Nacional de Ciência, Carlos Oliveira também impulsionou em Portugal, na Escola Secundária Júlio Dinis, em Ovar, o projeto “Bioplástico dá-te vida! 2-0”, através do qual foi distinguido com o Prémio Especial Professor Coordenador do Primeiro Prémio e o prémio Participações Internacionais. Segundo explicou, embora coincidentemente os prémios tenham sido atribuídos ao mesmo tempo, os trabalhos do Ovar foram desenvolvidos antes da sua integração na EPM-CELP. O projeto premiado de bioplástico já conquistara o primeiro prémio na edição anterior da Mostra Nacional de Ciência e voltou a ter igual sucesso no certame de 2019, contando com a ajuda, presencial e remota, de Carlos Oliveira.
As apresentações finais tiveram lugar na Centro de Congressos da Alfândega do Porto, entre 30 de maio e 1 de junho. A 13.ª Mostra Nacional de Ciência é organizada pela Fundação da Juventude, em parceria com a Ciência Viva e o Município do Porto. Integra, igualmente, o Projeto Gera Talentos, um programa estruturante de apoio ao empreendedorismo qualificado e criativo, promovido pela Fundação da Juventude, que visa fomentar, reconhecer, distinguir e premiar a inovação, a criatividade e o talento dos jovens cientistas e empreendedores.