
“Ver para além do olhar” é o nome da exposição que está patente no átrio central da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) até à próxima quinta-feira, 23 de novembro. Organizada pelo grupo disciplinar de Filosofia/Psicologia, a mostra de frases e objetos trazidos pelos alunos e outros “descobertos” na nossa Escola serve para celebrar o Dia Mundial da Filosofia, assinalado hoje.
Desconstruir a realidade e levar a observar para além daquilo que os olhos vêm são os principais objetivos da exposição que está a atrair as atenções de miúdos e graúdos. “Através dos objetos pretende-se apelar à reflexão pessoal, suscitar dúvidas e provocar o espanto”, afirma a representante do grupo disciplinar de Filosofia/Psicologia, Graça Pinto. Pretende-se, portanto, que cada um leve aquilo que “conseguir ver para além do simples olhar”.
Na exposição podem apreciar-se objetos acompanhados por palavras, frases ou pensamentos que não têm relação aparente. Um espelho com a palavra “aparência” e a frase “conhece-se a ti mesmo”, um brinquedo acompanhado pela frase de Confúcio “Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas” e uma máquina antiga de escrever com a frase “Não se pode escrever nada com indiferença” são apenas três exemplos dos elementos da exposição, que convida ao questionamento e à reflexão.
De acordo com Fulgêncio Samo, professor de Filosofia, a abordagem da exposição consiste em “recorrer a objetos comuns para interpelar o público e, a partir daí, desencadear o questionamento e a reflexão”. Além da desconstrução da realidade pretende-se que cada um, individualmente, reconstrua a mensagem que acompanha os objetos.
Para ver cumpridos os objetivos da exposição, Graça Pinto considera que “se a exposição conseguir levantar dúvidas e inquietações, consideramos que concretizámos um objetivo porque, na verdade, é preciso não esquecer que, na Filosofia, mais importante do que responder é questionar”.
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