
Alunos, professores, funcionários e encarregados de educação da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) afluíram em grande número às mesas de rastreio do cancro da mama, de diabetes, do HIV, de dentição, de aconselhamento nutricional e de doação de sangue dinamizadas na Feira da Saúde da nossa Escola, no passado dia 1 de março.
Os resultados das doações de sangue foram surpreendentes com 38 colheitas, 28 das quais feitas a alunos, orgulhando os organizadores. Motivada e visivelmente satisfeita, Maria Celisa Quelhas, vice-presidente do Conselho Técnico da Associação da Luta Conta o Cancro, entidade coorganizadora do evento ao lado da EPM-CELP, afirmou ser extraordinário ver alunos tão jovens com a sensibilidade de amenizar a dor e sofrimento dos outros: “dar aquilo que é parte da sua vida, que é o sangue, para dar vida a outras pessoas, às vezes, desconhecidas; dar sangue a um doente oncológico ou a alguém que esteja a precisar é extremamente humano”, sustentou a também responsável pela área psicossocial de Oncologia do Hospital Central de Maputo. Para Maria Celisa Quelhas, o envolvimento dos alunos reflete o trabalho de sensibilização feito na Escola em relação às grandes questões da atualidade, referindo, a propósito, que “não devemos olhar de forma introvertida para o nosso umbigo, mas também olhar para fora com a consciência de que podemos fazer a diferença se nós formos solidários com os outros”.
Ana Castanheira, responsável pela Ação Social Escolar da EPM-CELP e uma das organizadoras da Feira da Saúde, manifestou, por sua vez, a vontade de continuar a dinamizar atividades do género, sobretudo porque os resultados alcançados, em cerca de sete horas de trabalho, demonstram a sensibilidade da comunidade académica em relação à educação para a saúde e sua prevenção.

No rastreio do cancro da mama, a enfermeira responsável pelo mesmo, Blanca Catalan, explicou que, para além do exame conversou com as pessoas sobre os riscos e as diversas formas de prevenção da doença, enfatizando a ideia de que uma das medidas para se combater o flagelo é o autoexame e outros diagnósticos precoces para detetar e começar o respetivo tratamento. Por seu turno, a equipa de nutrição foi igualmente mais além da mera avaliação nutricional, fornecendo orientações alimentares às pessoas em risco e encaminhando para nutricionistas, sem deixar de chamar a atenção para os elevados teores de sódio, açúcar e gordura presentes em muitos alimentos industrializados.
A Feira da Saúde da EPM-CELP, que atraiu a participação de quase três centenas de pessoas entre alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, recebeu o apoio da Direção da Saúde da Cidade de Maputo.