Um total de 23 examinandos, entre eles um professor, da EPM-CELP receberam, na manhã de hoje, no Auditório Carlos Paredes, os respetivos Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE), reconhecidos internacionalmente na candidatura a bolsas de estudos e atribuição de prémios, bem como na obtenção de vistos de estudos em Espanha, tendo validade indefinida. Os distinguidos fazem parte de um conjunto de 46 estudantes examinados, nos dias 24 e 25 de maio passado, dos quais 24 da nossa Escola e 22 da Escola Francesa de Maputo e de várias organizações localizadas na capital moçambicana.
A avaliação, em estreia na EPM-CELP, granjeia a simpatia de dirigentes, professores, professores, alunos e encarregados de educação. Dina Trigo de Mira, presidente da Comissão Administrativa Provisória da nossa Escola, afirmou que os 23 alunos aprovados inspiram a continuidade da realização dos exames para a obtenção do DELE, bem como valorizam o trabalho realizado pelo professor Uriel Guerra, em contexto da sala de aula e na preparação para os exames, e pela adida cultural da Embaixada de Espanha em Moçambique, Carmen Rives, na componente diplomática.
Avaliando todo o trabalhado realizado desde maio de 2019, de preparação e de realização do próprio exame, Uriel Guerra afirma que “os resultados não poderiam ser diferentes”, sentindo-se “orgulhoso, pois quase todos os alunos conseguiram provar os seus conhecimentos sobre o espanhol”. Acrescentou que “agora todas as portas estão abertas para os alunos, tanto em termos laborais como de estudos em qualquer país da américa hispânica”. Depois deste sucesso, a perspetiva futura é reforçada, segundo Uriel Guerra. Ainda neste ano espera-se examinar cerca de 40 candidatos da nossa Escola pois, revelou o docente, “até agora há 20 inscritos e ainda faltam três semanas para fechar o período de inscrição. Assim, só da EPM-CELP esperamos cerca de 40 pessoas”, previu Uriel Guerra. O mesmo entusiasmo foi demonstrado por Carmen Rives, adida cultural da Embaixada da Espanha em Moçambique, para quem a iniciativa “para além de criar oportunidades de estudos e emprego, é um vínculo de comunicação. E as pessoas precisam se entender. Precisam conversar umas com as outras. Aliás, aprender línguas é ter um passaporte para o mundo”, afirmou a diplomata.
Anatércia Arnaldo, uma das diplomadas, ex-estudante de Administração Pública no extinto Instituto Superior de Relações Internacionais, revelou que o DELE lhe abriu portas para o trabalho, num momento em que se regista menor nível de empregabilidade em Moçambique.
Os exames do DELE avaliam diferentes habilidades linguísticas do espanhol como língua estrangeira e são projetados de acordo com as diretrizes do Quadro Europeu Comum de Referência (QECR) e respetivo manual, ambos do Conselho da Europa. O DELE comporta sete diplomas de outros tantos níveis (A1, A2, B1, B2, C1, C2 e A2/B1, este último de caráter escolar e destinado a alunos dos 11 aos 17 anos de idade. A aprovação em cada um dos níveis depende de exame obrigatório. No caso do nível escolar, os candidatos elegíveis podem receber uma certificação de nível A2 ou B1 em função do seu desempenho nos diferentes testes.
O DELE é um título oficial que certifica o grau de competência e domínio da língua espanhola, concedido pelo Instituto Cervantes em nome do Ministério da Educação e Formação Profissional de Espanha.