No passado dia 9 de dezembro, no âmbito do projecto de Educação para a Saúde da EPM-CELP e dos conteúdos programáticos de Biologia do 12º ano, as turmas A1 e A2 do 12.º ano desenvolveram o Bioprojeto cujo tema central foi Alimentação versus Tipo de Sangue. O tema, que os cativou, visou o aprofundamento dos conhecimentos biocitológicos e de nutrição dos alunos. Com o apoio do Gabinete Medico da EPM-CELP, os alunos compilaram informações científicas pertinentes não só da medicina tradicional mas também da alternativa, expondo os resultados à comunidade escolar na referida palestra. 

A campanha informativa pretendeu esclarecer a comunidade educativa sobre a relação existente entre o tipo de alimentos mais adequado para cada tipo de sangue. Na verdade, não há uma associação directa entre os dois termos da questão, dependendo esta de muitos fatores intrínsecos e extrínsecos, mas ela baseia-se, essencialmente, na quantidade de suco gástrico produzido por cada organismo. Neste sentido, existe, por exemplo, uma actividade física específica recomendada para cada tipo de relação entre o sangue e a alimentação.

A relação apontada pode ser explicada pela génese do tipo de sangue, de acordo com o carácter de vida - nómada ou sedentário ou agrícola ou industrial, por exemplo -, explicando a divergência do sistema ABO no mundo. Este facto ajuda também a explicar a distribuição do tipo de sangue em todo o Mundo.

O grupo de trabalho preparou dois filmes que fez exibir na palestra. Um baseou-se nas entrevistas que realizou a alunos, professores e funcionários da nossa Escola, revelando a falta de informação sobre quer do tipo de sangue quer do tipo de alimentação específico recomendado. O outro filme resumiu a visita de estudo do 12.º A1 ao Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo, mostrando todas as etapas de recolha e identificação de sangue. O recurso a estas tecnologias de informação permitiu que, indiretamente, as pessoas tomassem consciência da realidade que se vive em Maputo e Moçambique, onde, apesar das muitas dificuldades, se consegue evitar constrangimentos e salvar muitas vidas.

O público-alvo da palestra de 9 de dezembro, constituído por alunos dos nono e 10.º anos de escolaridade, participou ativamente na palestra, questionando o grupo apresentador e demonstrando muito interesse e curiosidade pelo tema. Algumas questões foram respondidas pelos apresentadores, mas outras, pelo seu carácter científico, foram encaminhadas para o Gabinete Médico.

O desenvolvimento deste bioprojeto empolgou e entusiasmou promotores e destinatários. Dos primeiros exigiu muito esforço e dedicação, mas também satisfação pelos resultados alcançados, e aos segundos proporcionou informação pertinente e interessante pela proximidade do fenómeno às suas experiências individuais.

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