ESCULTURA | “Mentes e Traços Urbanos” reflete sobre sociedade moçambicana
“Mentes e Traços Urbanos” é o nome da exposição de escultura de Nino Trindade que está patente no átrio central de Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) desde ontem, 20 de fevereiro. Durante as próximas duas semanas a comunidade escolar da EPM-CELP é convidada a apreciar as diversas obras de arte feitas com acrílico, metal e chapa, entre outros materiais reciclados.
A ideia de expor na EPM-CELP “surgiu do nada, numa visita à escola portuguesa, em novembro do ano passado”, explicou o escultor acerca da exposição que trás um pouco de tudo, tal como refere: “a exposição da capulana, a representação do bairro de lata e algumas questões ligadas à sociedade civil”.
Nino Trindade pretende que a exposição proporcione aprendizagens a todos os visitantes e a si próprio, declarando esperar “poder aprender muitas coisas, trocar experiências” e que a mesma seja um sucesso. Frisou, por outro lado, o papel da educação na arte, afirmando ser um processo de educação que “deve alastrar os conhecimentos no campo das artes”.
O gosto de Nino Trindade pela escultura vem de 1998, incutido por um tio ligado à arte, relembrando que começou “a aprender por curiosidade”. No ano seguinte deu o “salto” para a Feira de Artesanato e, a seguir, o Núcleo de Arte, de cuja direção faz parte, também pautou o percurso de Nino Trindade no mundo da escultura. Atualmente, com 35 anos, Nino Trindade frequenta o último ano da licenciatura em Artes Visuais no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISARC), onde espera “dar continuidade ao que é a minha carreira artística, alastrando o meu conhecimento a outras artes”, afirma.
Nino Trindade, cujas obras estão à venda durante a exposição, confessa que são os estrangeiros quem mais compra as suas esculturas, sonhando um dia expor além-fronteiras.