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A Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEE) da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) promoveu, ontem à noite, no Auditório Carlos Paredes, uma conversa entre a psicóloga Lígia Pereira e encarregados de educação para identificação de ferramentas ao serviço do desempenho escolar dos alunos a partir de casa.

A psicóloga Lígia Pereira, convidada para partilhar experiências e soluções, apontou como um dos grandes desafios familiares o combate ao uso excessivo do telefone e de vários outros recursos tecnológicos, ilustrando a ideia com o facto de “ás vezes pensarmos que estar no mesmo local com os nossos filhos significa estarmos juntos. Não, não é. Há uma diferença muito grande. É preciso desligarmo-nos de tudo e participar na vida deles de corpo e alma”, explicou Lígia Pereira.

Na relação com os seus clientes, na grande maioria crianças que se queixam de falta de atenção por parte dos pais, a terapeuta admitiu que o mundo atual, de múltiplos afazeres, cria uma dinâmica prejudicial para as afinidades familiares, realçando que “o que somos e fazemos dita o comportamento dos nossos filhos. E a falta de interesse por coisas básicas, por exemplo novidades do dia, da escola, reveste-se depois em desencontros familiares”, declarou a psicóloga. Neste sentido, para melhorar o desempenho escolar das crianças Lígia Pereira defende que é preciso os pais e encarregados de educação fazerem uma gestão do tempo e da consequente disponibilidade para partilhar momentos com os educandos, criar limites e regras de convivência para maior harmonia doméstica e reconhecer os esforços das crianças para melhorar a sua autoestima.

A plateia, composta por membros, associados e convidados da APEE, também partilhou alguns problemas que enfermam as relações com os filhos, entre os quais a falta de comunhão das incidências escolares em casa, a pouca vontade de aprender e de fazer os trabalhos de casa (vulgo TPCs) e o isolamento social dos filhos em casa.

No final, a APEE ofereceu a cada um dos participantes na conversa um pino, no qual se inscreve a seguinte frase, ilustrativa dos objetivos da iniciativa: “Para a Escola ser a segunda família, a família tem de ser a primeira Escola”.

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