A Célia não é simplesmente a empregada da Cláudia. Não. Ela é diferente. É alguém especial. Alguém que se assemelha a um bom ouvinte e a um bom conselheiro. Aquela pessoa que gostamos de chegar e ter uma boa conversa. Não precisa de ser um assunto importante, na verdade, com ela podemos falar de tudo. E quando digo tudo, refiro-me a mesmo tudo, mas basta que seja por exemplo: "como foi o teu dia?".

Ela é alguém especial, que nos faz bem, sem necessariamente precisarmos. Ela é aquela pessoa que sabe o momento certo para cozinhar aquela lasanha soberba, ou até brigadeiro delicioso. Ela é aquela que se lembra sempre de tudo o que a Cláudia gosta, como por exemplo, o pão sem côdea. É aquele alguém que, provavelmente, nos dedica mais tempo do que nós já nos dedicámos um dia. É aquele alguém que põe sempre ordem na desordem da Cláudia, que a lembra de ir almoçar e que a lembra de estudar. É aquela pessoa que trabalha sempre a sorrir, mesmo quando o céu está nublado ou até mesmo quando o dia não correu bem. As suas tristezas evaporam-se e as suas preocupações também.

Ela está sempre feliz, com uma felicidade contagiosa, como se trabalhar a fizesse feliz. Na verdade, trabalhar fá-la feliz, mais do que feliz, fá-la sentir-se orgulhosa de si. Não pela lasanha soberba, não pelo brigadeiro delicioso, não pelos conselhos, não pelos lembretes que faz à Cláudia, não por isso, não. Mas sim porque tem a oportunidade de todos os dias fazer alguém feliz e principalmente fazer-se feliz.
Célia Castelhano (9.º B)Celia Castelhano 9ºB

--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--

Topo