Na ilustração deste texto observamos uma metáfora de como os homens são manipulados pelo que veem na televisão, como se não tivessem qualquer poder nas suas decisões. Um norte-americano, hoje em dia, vê ou ouve, em média, ao longo da sua vida, mais de sete mil anúncios, que, de certeza, o manipulam ou o levam a comprar algo que, provavelmente, nem precisa.
Na sociedade contemporânea existe uma inconsciência geral, em que os cidadãos, conduzidos pelas rotinas quotidianas de sociedades altamente competitivas, são forçados a agir de forma, por vezes, inconsciente, onde o tempo livre é escasso e o lazer consiste em, depois de um dia de trabalho, chegar a casa e ligar o ecrã da televisão. Veja-se a este propósito o estudo da Marketest, onde, a partir de uma amostra de 929 inquiridos, se conclui que os portugueses veem, em média, mais de três horas de televisão por dia. No entanto, se confrontássemos uma pessoa, que vê constantemente anúncios, com esta caricatura, provavelmente não reconheceria que é ou já foi manipulada, porque ninguém aceita que é alvo de um problema para o qual somos, diariamente, avisados. A manipulação do ser humano pelos media traz consequências nefastas, não só a nível intelectual, como a nível físico, dado que está associado ao sedentarismo, agravado, no caso das crianças, com o excesso de peso.
Uma solução possível será, portanto, impedirmos as gerações mais novas de assistir a tantos anúncios, para que quando cresçam, não sejam tão manipuladas como as gerações presentes o são. Facto que pode ser concretizado se instruirmos os futuros pais a controlarem a quantidade de anúncios que os filhos assistem. Talvez desta forma consigamos trilhar caminhos novos, para uma cidadania mais ativa crítica.
Sugestão de leitura: Televisão uma "babysitter eletrónica"
Yara Sidat (11.º A2)