Sem uma razão.
Como uma árvore nua,
Nua de explicação.
Como um relógio.
Que nem dei pelo passar:
Dos dias, das horas,
Dos minutos, dos segundos.
Quanto tempo passou?
Três? Catorze anos?
Não sei.
E se tu tivesses ficado?
Teria sido diferente?
Teríamos ficado unidos como antes?
Não sei.
Eras o nosso elo.
O elo que nunca pensei romper-se,
Mas rompeu,
Rompeste!
Não sei porque rompeste,
Não sei porque sinto.
Na verdade nunca te tive,
Tenho-te nas histórias e nas fotos.
E isso é alguma coisa?
Deve ser, se sinto...
Não sei!
A única coisa que sei é que sinto.
Sinto falta do teu carinho,
Sinto falta do teu abraço,
Sinto falta das tuas palavras sábias...
Sinto falta de coisas que nunca tive.
E sei que te cortaram
O fio cedo de mais,
Que não chegaste
A cumprir a tua missão.
E sei que sinto saudade
De algo que nunca tive.
Célia Castelhano (9.º B)