
As relações estabelecidas com as instituições são, na realidade, interpessoais. Dito isto, pensemos numa instituição que nos é bastante familiar: a escola. Não nos relacionamos, na prática, com a ideia física da “escola”, mas sim com os professores, colegas e funcionários, entre outras entidades, porque estes, sim, são capazes de nos influenciar, tanto em aspectos académicos como nos pessoais.
Relativamente à segunda questão, a minha resposta é: não. Não nos podemos assumir como seres individuais, nem hoje, nem nunca. Penso assim porque o ser humano não tem capacidade de viver isolado. Para alguém ser estável e saudável é necessário o contacto e interacção com outro ser humano, senão fica condicionado a uma vida de angústia e solidão.
Como tal, estamos condicionados a uma osmose, ou por outras palavras, a uma influência por parte dos que nos rodeiam, assim como os que nos rodeiam estão condicionados a uma influência nossa. Por causa deste facto, existe uma influência recíproca entre todos os seres humanos que convivem entre si. Esta necessidade fundamental é aquilo que, por vezes, espoleta tamanha complexidade nas relações interpessoais. O facto de sentirmos a necessidade de ter alguém na nossa vida provoca um esforço adicional da nossa parte nessa relação, o que por vezes resulta na criação de problemas desnecessários no seio da relação em questão.
Se nos dedicarmos, na medida certa, às relações que estabelecemos, estas irão certamente fluir facilmente e com naturalidade, porque, de facto, o pior problema do ser humano é ter o “complicómetro” lidado.
Olívia Rocha (10.º A1)
