web segredoCerto dia um menino encontrou, no Pátio das Laranjeiras da EPM-CELP, um pavão elegante e colorido. Resolveu partir um pouco do seu pão e dá-lo ao pavão. Este apanhou o pão com o bico e disse:
-Muito obrigado!
-Tu falas? – surpreendeu-se o menino.
-Sim, mas só as crianças me conseguem ouvir! Os adultos já perderam essa capacidade. Já não têm imaginação!

- Então muito bom dia! Eu chamo-me (cada um pode colocar o seu nome). E tu?
- Eu sou “Pavão”, simplesmente. Gostarias de saber alguns pormenores sobre mim?
- Sim, eu gostava muito, por isso, conta-me...
-Os meus antepassados vieram do sul da Ásia e da Malásia, onde ainda existimos em estado selvagem. Mas, por sermos tão vistosos e elegantes, espalhamo-nos rapidamente pela China e fomos levados até à Europa, há muitos séculos atrás. Sabes que havia também muitos pavões no Egito e que éramos muito apreciados pelos romanos?
-Não, não sabia. Que história interessante! Mas eram apreciados porquê?
- Éramos criados pela nossa beleza, mas também para alimentação, tal como o pato ou o peru. Nós somos fáceis de criar como aves domésticas e raramente adoecemos. Vivemos mais de vinte anos! Comemos grãos, bagas, sementes e vegetais.
- O que eu mais gosto de ver são as tuas penas coloridas. São todos iguais a ti?
- Claro que não! Há duas espécies de pavões: o azul e o verde, que é a espécie mais frágil. A pavoa, a minha fêmea, tem a plumagem mais discreta, em tons de cinzento e acastanhado e é uma excelente mãe. Não costumamos afastarmo-nos do ninho e do local onde vivemos...
- Mas onde é que os pavões, normalmente, vivem? - perguntei, cheio de curiosidade.
-Ora essa é uma boa pergunta! Nós gostamos mais de viver em parques e jardins e de passar à noite empoleirados nos ramos das árvores. Outra curiosidade de que acabei de me lembrar é que, nós, os pavões, não voamos! Só planamos...
- Então e têm sempre a cauda aberta?- perguntei eu.
- Não, só abrimos a cauda em leque, na primavera.
- E porquê?
- Porque é nessa altura que somos escolhidos pelas pavoas para acasalarmos e elas poderem pôr os ovos que vão dar origem a novos pavões. É quando está o tempo mais quentinho e não há possibilidade de haver mau tempo!
- Mas, às vezes, ouço-te gritar e vejo-te dançar! Porquê?
- Fazemos essas danças e esses chamamentos para cativar as fêmeas.
Trim Trim Trim...
- Olha, acabou o meu intervalo!! Tenho de voltar para a sala...
- Só te peço que não contes esta conversa a ninguém! Olha que ainda vão achar que tu andas a imaginar coisas!!! Este fica a ser o nosso “segredinho”...
Mateus, Daanish, Francisco, Madyo, Vahid, Martim, Ana, Farahana,
Loyde, Wukucho, Fabio, Frederico e Manuel (Turmas A e F do 4.º ano)

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