Joel era um simples marinheiro que no século XVI, durante a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, auxiliava o capitão de uma embarcação pertencente a uma grande frota. Ele escrevia os diários de bordo que incluíam novos mapas e relatos dos acontecimentos mais relevantes da viagem.

Já navegavam há meses. Encontravam-se na costa africana, prestes a passar o Cabo Bojador. Até agora tinham seguido os passos da frota que anteriormente se tinha naufragado neste preciso ponto. O dia estava belo e calmo, sem sinal de tempestade. As águas descritas como tumultuosas e enraivecidas descansavam numa simples paz ondulante. Como precaução os diários de bordo até à data estavam a ser descarregados para terra, para caso houvesse um naufrágio não fossem destruídos. Joel esperava pacientemente até a viagem seguir curso novamente. Todos os marinheiros se preparavam ansiosamente pelo momento que ia fazer historia.

O sinal foi dado e a frota recomeçou a navegar. Entretanto já se tinha tornado noite e os ventos começavam a acordar. Cada vez mais fortes e persistentes. Já tinham avançado cinco embarcações que seguiam viagem, no entanto faltavam duas. Joel foi rapidamente posicionado junto a aos mastros para gerir as velas que com a tempestade se começavam a rasgar. A corrente mudou de direção drasticamente e a embarcação chocou contra uma baixa. O casco desfez-se e numa tentativa de tirar a água do porão Joel afogou-se tal como os restantes marinheiros.

A morte destes marinheiros corajosos e destemidos não foi em vão, pois as restantes embarcações atingiram o seu objetivo, a Índia, e toda a informação recolhida por Joel ficou arquivada para ser utilizada pelos marinheiros e capitães que seguiriam os seus passos.