A minha casa era muito pequenina, só com um quarto. A casa era um grande cogumelo! Todas as manhãs eu acordava e ia beber água da humidade que havia nas folhas das plantas.
Eu era uma menina muito pequena ou, mais bem dito, uma anã, tal como os meus amigos. Eu tinha vários amigos, mas havia três que eram especiais: a Ana era uma anã loura, com sardas e o seu cabelo era muito grande; o Miguel era um rapaz muito giro, eu gostava dele como todas as raparigas da aldeia; e a Margarida era uma anã mulata e com uns grandes caracóis escorridos pelas suas costas.
O dia de Miss Anã estava a chegar. Era um título desejado por todas as raparigas da aldeia. Eu e todas as anãs preparávamo-nos para o concurso. Havia, na aldeia, uma menina chamada Mariana, que ganhara todos os concursos anteriores. Era muito convencida e eu queria dar-lhe uma bela lição.
No dia do concurso eu estava muito atarefada, não sabia o que vestir e, por isso, chamei a minha avó, pois os meus pais estavam fora. Ela ajudou-me, escolheu um vestido vermelho, muito curtinho, e levou-me ao desfile.
Chegada a hora do "agora ou nunca", pensei, avancei e comecei a desfilar. Depois foram as outras anãs e, de seguida, a entrega da coroa de Miss Anã. Para grande espanto, eu ganhei! Até me belisquei para ver se era um sonho... Fiquei feliz e a Mariana olhou para mim com cara de desprezo.
Foi um bonito sonho. Consegui perceber que sonhar é acreditar!
Bárbara Santos (7.º B – 2011/2012)