Assim se arrasta, se move,
Olhos de um castanho mortiço, agastado
de castanho que a vida comove.
Alto, de nariz empinado
No umbigo centra o Universo aplanado
E triste, infeliz, rosto congestionado
Cabelo castanho, futuro traçado
Invulgar venerador da Ciência
Mesmo pesando a sua indecência
Tenta-se aproximar da luz, do caminho
Mas da torre não chegará ao cimo.
Dinâmica deveras intrincada
Consciência um pouco pesada
Olha em redor, seu olhar pesaroso
Roupa descomposta, pensamento gravoso.
Miguel Padrão (10.º A1 - 2012/13)