Naquele sonho, eu estava aborrecida porque não acontecia nada, mas de repente o barco afundou-se e eu fui vestir um fato de mergulhadora e saltei para o Oceano das Letras. Fui até ao fundo do mar e vi uma cauda a passar, nadei mais um bocado e encontrei uma cidade cheia de peixinhos e sereias e também homens sereias.
Cheguei lá, as pessoas eram muito simpáticas, mas disseram-me que era preciso usar um fato de sereia porque sem o fato, a rainha zangava-se e prendia a pessoa sem fato durante dez anos. Umas sereias muito simpáticas levaram-me às escondidas para uma loja e vestiram-me um fato de sereia e puseram-me uma coisa que me pôs a conseguir respirar debaixo de água.
Depois levaram-me a conhecer várias pessoas, algumas até tinham filhos. De repente ouvimos um barulho, que parecia de um barco a apitar, mas não, era a rainha e o rei a chegarem. Eu senti-me desorientada porque não sabia se tínhamos de nos sentar, dizer bom dia, fazer uma dança...Por sorte, as minhas colegas repararam que eu estava muito perdida e disseram-me que só bastava estar de pé.
A rainha já era velha e feia, mas lidava muito bem com aquilo.
Passados alguns dias a rainha descobriu que eu era intrusa e mandou os seus guardas apanharem-me e eu e as minhas amigas fugimos, mas a rainha também tinha alforrecas venenosas e ficamos encurraladas. Tivemos que lutar e quando sobrava uma alforreca fugimos até muito longe e fomos parar a um sítio de golfinhos e peixes coloridos e conchas muito bonitas. De repente chegaram alforrecas gigantes que também eram guardas da rainha e rasgaram-me o fato na parte dos pés e viram uns pés com cinco dedos cada um.
Lutamos muito e derrotamos os guardas até ao último.
Depois apareceram mais e aquilo nunca mais acabava e... eu acordei do meu sonho!
Ana Bouças (4.º E)