Entrei na sala escura e velha, de um lado estantes velhas cheias de livros cobertos de poeira, do outro uma mesa simples com duas cadeiras, uma de cada lado. Numa das cadeiras estava sentada Dona Isabel, vestida com uns panos estranhos e coloridos. Permanecia serena, como habitualmente.
- Bem-vinda sejas - murmurou Dona Isabel - E o teu nome é?
- Eu ... eu sou a Joana - respondi um pouco envergonhada e receosa.
- Em que posso ajudar? - perguntou Dona Isabel com um sorriso - Senta-te aqui minha querida.
Sentei-me e afirmei:
- Bem, sabe, eu ando com uns problemas com a família, temos pouco dinheiro e e sou a mais velha de cinco irmãos. A vida está difícil, o meu pai está desempregado e a minha mãe é dona de casa e trabalha para José da Silva como cozinheira...
- Para o teu problema tenho eu a solução - interrompeu-me ela procurando nas estantes um livro qualquer.
Fiquei calada, observando apenas. Passados uns minutos, Dona Isabel voltou com um grande livro vermelho de uma poetisa que eu desconhecia.
Leu-me uns quantos versos do poema e senti que já sabia a solução para o meu problema, senti-me feliz, aconselhada e agradeci.
Dona Isabel despediu-se de mim com um beijo na testa de boa sorte.

Sofia Brites (9.º A - 2012/2013)sofia-brites

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