Depois de apresentadas estas ideias, penso que é possível concluir que os valores estão em nós, fazem parte do nosso ser. A cor de uma flor, que é uma caraterística própria, existiria mesmo que nenhum ser humano fizesse uma apreciação da mesma. No entanto, a beleza apenas existe devido a uma opinião humana, a uma mente, a um Homem. Esse mesmo Homem que tem o privilégio de ser o único animal na face da Terra capaz de valorar, de dar opiniões, de refletir sobre o certo e o errado, de decidir o que quer e o que não quer fazer, com base num motivo e numa intenção; o único animal que não está preso a programações biológicas e a reações extremamente impulsivas e reativas, próprias dos animais irracionais. Esse mesmo Homem que tem a opção de decidir o que quer ser, de se criar a si próprio. Nada nem ninguém o pode obrigar a valorizar algo que ele não gosta ou não considera louvável. Pode-se ensinar a uma criança o que é honesto e o que não é, o significado de ser leal e o que implica a mentira, no entanto, ela própria é que chegará à conclusão de aceitar ou não estas "definições", estas "normas".
Todos estes valores são relativos, são abstratos. Eles não existem por si só, está tudo "dentro" da nossa mente. É por isso que, ao valorar, o ser humano progride, torna-se mais humano e menos animal, torna-se quem é. É baseando-se nos valores que são mais importantes para ele que um indivíduo faz as suas escolhas e vive a sua vida, defendendo aquilo que, para si, é essencial à vida.
Iva Gonçalves (10.º A2 - 2012/2013)