Desta forma, muitas vezes grandes fatias da população são ludibriadas por pensadores, políticos e figuras públicas demagógicas, as quais se servem, regularmente, de redes sociais, dos blogues e de outros meios de transmissão de informação online para ampliar e hiperbolizar o seu discurso, aguçar a sua retórica e exporem os seus dotes oratórios, fazendo dos cidadãos mais crédulos – e, portanto, ignorantes e desprevenidos - os seus alvos e as suas primeiras e principais vítimas. Até mesmo os jogos nos transportam para a visualização de sombras de uma realidade, da qual facilmente ficamos prisioneiros, em virtude da sua veracidade e crescente realismo.
Assim, é certo que se pode fazer uma analogia entre os prisioneiros da Alegoria da Caverna e o modo como, alguns de nós, utilizam estas ferramentas. A atual necessidade de consumo de informação leva a que a sociedade que inventou o "fast-food" crie, agora, a "fast-info", informação facilmente alterável e proveniente de fontes duvidosas, que preconiza um acesso instantâneo, porém virtual e facilmente maleável, à informação e ao conhecimento.
Continuamos, no entanto, a acreditar piamente naquelas mesmas fontes uma vez que, como os prisioneiros, não nos questionamos sobre a veracidade de tudo o que vemos e continuamos na penumbra da ignorância, aceitando, passivamente, tudo o que ouvimos e vemos, ao invés de nos libertarmos das correntes que nos prendem a estigmas e preconceitos e não nos permitem atingir a luz do conhecimento, que o Mundo tanto precisa nos dias de hoje.
Miguel Padrão (10.º A1 - 2012/2013)