Havia muitos cravos
Que eram disparados ao ar
Estavam todos tão contentes
Porque a P.I.D.E. estava a basar

Cada um dos soldados
Tinha uma espingarda
E ganharam ao Caetano
Que só tinha uma granada

Até as mulheres
Tinham armas ao peito
Estavam todas felizes
Pois iam ganhar um direito

Não foi só um direito
Foram até muitos mais
Choravam de alegria
Pois iam ser todos iguais

Oh Salazarinho!
Caíste da cadeira
Pois não ouvias os outros
De nenhuma maneira

Chateaste o povo
Ele ficou irritado
Agora já entendeste
Que tu é que estavas errado

Irritaste os meus avós
Os avós dos meus colegas
Pois eles não queriam
Essas tuas regras

Tu e o Marcelo
Levaram um açoite
Por isso tocou Grândola
Logo à meia-noite

A revolução dos cravos
No dia 25 de Abril
Despachou o Marcelo
A correr para o Brasil

O povo venceu
As colónias desapareceram
Angola e Moçambique
Logo se ergueram

Vou-me então despedir
Depois deste poema ditar
Desejem-me então sorte
Para muitos cravos atirar ao ar.

Guilherme Pessoa (6.º A - 2012/2013)guilhermepessoa 6A

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