A campanha na EPM-CELP de recolha de donativos para ajudar mães cujos bebés prematuros estão em situação de internamento hospital chegou hoje ao fim. Realizado no âmbito das efemérides do “Novembro Roxo” e do Dia Mundial da Prematuridade, ambos assinalados em novembro, o movimento foi impulsionado pela Associação de Estudantes da nossa Escola, coadjuvada pelas associações de Pais e Encarregados de Educação e de Mães e Bebés Prematuros em Rede, que conseguiu coletar 213 mantas, 68 pacotes de fraldas diversas, 147 latas de leite “pre-nan”, 45 latas de leite diverso e cinco sacolas de produtos diversos, que serão entregues amanhã às mães dos bebés internados nos cuidados intensivos dos hospitais de Mavalane e Geral José Macamo.
A presidente da Associação de Estudantes, Débora Queimada inicialmente achava “não pudéssemos ter tanto sucesso, devido à sua complexidade, mas conseguimos e estamos muito satisfeitos pelos resultados. Isso mostra o quão estamos unidos e sensibilizados com a saúde e a vida dos outros”, afirmou a aluna na esperança de que “os próximos membros da AE, bem como toda a comunidade educativa, repitam estes gestos de solidariedade no futuro, porque é uma causa que vale a pena”.
Para facilitar a recolha dos donativos em diversos pontos da EPM-CELP, os locais de entrega de doações foram organizados por ciclos de escolaridade. Assim, o pré-escolar ficou com a coleta de mantas para bebés, o primeiro ciclo do ensino básico e o ensino secundário com o leite “pré- nan” e o segundo e terceiro ciclos com as fraldas.
Embora tenha sido dinamizado pela AE da nossa Escola, o repto da iniciativa foi lançado por Eneida Raquel Carimo, encarregada de educação na EPM-CELP e membro da Associação de Mães e Bebés Prematuros em Rede (AMEPRE), que atua voluntariamente nos hospitais de Mavalane, José Macamo e Central, em Maputo. De acordo com a ativista, o grupo nasceu, em 2014, em resultado das experiências das fundadoras como mães de bebés prematuros. “No princípio era só para a partilha de ideias, mas, em 2017, decidimos transformar o movimento em associação legal que, para além do apoio moral, ajuda com bens materiais as mães em situação de vulnerabilidade social e cujos filhos estejam internados nos cuidados intensivos”, explicou Eneida Raquel Carimo. Satisfeita com os resultados, a ativista revelou que “nunca tivemos tantos produtos como este ano pelo que agradecemos aos estudantes e à EPM-CELP por terem aderido a este movimento e, assim, fomentarem o espírito de solidariedade”, concluiu.
Refira-se que, segundo a UNICEF, existem, em Moçambique, cerca de 128 mil bebés prematuros.