EFEMÉRIDE | EPM-CELP celebra hoje o Dia Mundial da Audição com olhar para a sensibilização

De acordo com Ana Paula Gomes, Coordenadora do Departamento de Educação Especial, os casos de sucesso na integração da Pessoa com Deficiência, particularmente a auditiva, tendem a aumentar, mas “não tantos como o que seria expectável”, alertou a docente, acrescentando que “por isso, um longo caminho ainda nos espera a todos, de modo a criar as condições necessárias para que os surdos desenvolvam todo o seu potencial, o que implica construir escolas que aceitem e eduquem todos, até ao limite das suas capacidades”.
Para a docente, as ambições e o desejo pela total aceitação e apoio aos surdos não deve estar desconexa do trabalho já realizado pelos diversos atores sociais e implica um trabalho conjunto de toda a sociedade. “Ao longo dos tempos, a surdez foi encarada de diferentes formas e foi alvo, frequentemente, de discriminação e preconceitos. No passado, as pessoas com surdez eram entendidas como seres desqualificados e inferiores, que possuíam um defeito de nascença e, como tal, deveriam ser eliminados. Felizmente essa atitude já se alterou e hoje sabemos “que a aptidão para a aquisição de uma língua é genética, mas tem de ser estimulada pelo meio”, explicou.
Na EPM-CELP, as medidas para incluir os alunos com surdez passam por colocá-los de forma privilegiada na sala de aula, mais próximo do docente e do quadro; ajudar na descodificação dos textos e da linguagem e verificar se entenderam o vocabulário utilizado. Além disso, os alunos com surdez moderada a profunda não podem ser penalizados por uso de um vocabulário reduzido e frases curtas, troca de palavras devido a semelhança fonética, dificuldade na aplicação dos verbos ter, ser e estar, entre outros, inclusive nos exames.
“A dificuldade de produção e do domínio da fala, pelos mais diversos motivos, que impede ou prejudica o ato de comunicar, é uma das formas mais frequentes de marginalização, em qualquer faixa etária, em qualquer grupo social”, enfatizou a docente para que “o objetivo é, por isso intervir, o mais cedo possível para superar os constrangimentos que daí resultam”.
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Cooperação| EPM Participa em Projeto Internacional de Robótica

A EPM-CELP através das Mãos na Ciência irá participar num projeto liderado pelo planetário – Casa da Ciência de Braga e coordenado por Henrique Cacheta. O projeto “Code Learning with astromical ideas” envolve Portugal, Moçambique e Timor Leste, sendo financiado pela União Astronómica Internacional (IAU) Office of Astronomy for Development, visando promover os objetivos de desenvolvimento sustentável nos países mencionados.
O objetivo principal desta iniciativa é desenvolver um projeto educativo inovador na área da programação e robótica e consiste na criação de um programa para ensino de programação baseado na utilização de microbits (pequenos computadores) programáveis onde os alunos irão aplicar as suas aprendizagens à exploração espacial e à astronomia. Está ainda prevista a receção de materiais educativos, tais como kits programáveis e os manuais de formação contemplando o atual contexto de ensino à distância.
O projeto envolve numa 1ª fase (até julho de 2021), a formação de professores, e posteriormente dos alunos (a partir de setembro de 2021). É importante salientar que a EPM-CELP ficará capacitada para replicar a formação junto da restante comunidade escolar (escolas estrageiras e moçambicanas).
A coordenadora do projeto Mãos na Ciência, Sónia Gama Pereira, explica a importância deste projeto na preparação dos jovens para os novos desafios da sociedade moderna: “A visão deste projeto passa pela implementação de práticas pedagógicas divertidas que incutam nos jovens competências de programação e robótica presentes nas suas vidas. O projeto promove ainda a compreensão do mundo, o desenvolvimento do raciocínio e o estímulo da criatividade.”
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NOVIDADE | Vídeo mostra emoção de alunos da EPM-CELP no mergulho profissional na Ponta do Ouro

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Luto | Nota de pesar pelo falecimento da mãe do colega Mahomed Langa

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Teresa Noronha vence primeira edição do prémio Maria Velho da Costa com o “Tornado”

A novela “Tornado”, a qual suplantou um universo de 80 textos inéditos, é, segundo a autora, um misto de acontecimentos que marcaram a sua vida. “É um livro que levou quase dez anos a escrever, que tem uma parte de memórias ficcionadas. Não é propriamente um livro autobiográfico, mas parte de uma dada realidade”, revelou a escritora para quem “este prémio vem validar-me como escritora. Eu precisava sentir que o que escrevi tem valor literário, não só para mim, mas para os leitores também. E eu precisava disso, porque é um livro bastante pessoal. Foi sobretudo por isso que concorri”.
Sobre o prémio, que homenageia a escritora portuguesa Maria Velho da Costa, Prémio Camões em 2002, Teresa Noronha não tem dúvidas de que valoriza não só o trabalho da patrona, como a língua portuguesa. E acrescenta: “é uma escritora que eu admiro. Foi muito importante no movimento social de emancipação da mulher. É uma escritora que trabalhou muito a língua, com uma exigência apreciável. E eu revejo-me nos seus trabalhos”.
De acordo com o regulamento publicado na página oficial da Sociedade Portuguesa de Autores, o prémio Maria Velho da Costa é “instituído com a finalidade de distinguir obras primeiras, de ficção narrativa, inéditas e não publicadas”. Além deste prémio, o júri constituído por Leonor Xavier, como presidente, José Manuel, Margarida Gil e Teresa Carvalho, atribuiu também menções honrosas a "Num Ápice de Flash, o Imbele Landgravio" de Domingos Landim de Barros, e a "Elegância de Costumes", de Francisco Mota Saraiva.
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