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SupertmatikDois alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), Kiyah Hasmucrai e Gustavo Pepe, do “6.º A” e “9.º D”, respetivamente, distinguiram-se na 16ª edição do Campeonato Internacional de Cálculo Mental “SuperTmatik”, referente ao ano letivo 2021/2022, ao conquistarem posições muito honrosas em disputa com vários milhares de concorrentes de cada ano de escolaridade.

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O novo ano letivo já começou a agitar alunos, professores e funcionários na EPM-CELP. De forma faseada, os alunos foram chegando, palmilhando cada corredor, conversando com professores, funcionários e colegas e inteirando-se das novidades. E a maior tem a ver com o alívio das medidas restritivas na prevenção da pandemia da Covid-19, contemplando agora a não obrigatoriedade do uso de máscara no recinto escolar, a retoma das aulas presenciais, de atividades de complemento curricular e extracurriculares.

Questionados, no seu primeiro dia de aulas, sobre o impacto das restrições impostas nos últimos dois anos pela pandemia da Covid-19 e a expetativa que têm para este 2022/2023, oito alunos do 10.º ano da Escola descrevem os seus traumas e anseios nas linhas que se seguem.

Ayanda Saranga, 10.º A2

Ayanda
A minha vida mudou. Eu não podia sair de casa com a mesma frequência. As aulas, mesmo as extracurriculares, já não eram as mesmas, tanto que já perdi a prática em algumas. Em termos de resultados académicos, quase que não mudou nada. Continuo com os mesmos princípios, mesmos resultados, mesma opinião que tinha interiormente. Diferenciar os momentos, os espaços, foi a minha grande dificuldade. Não consegui impor limites. Todos os limites que eu tinha foram quebrados até ao ponto de quebrar-me a mim própria. Agora, a expectativa é que consigamos rever a situação: continuarmos a viver, mas com outra dinâmica, com criatividade, exigência e responsabilidade a que a Covid nos sujeitou.

Ayanda


Tatiana Machatine, 10.º A4

Foi uma experiência difícil, completamente anormal e acho que ninguém estava à espera. Penso, porém, que a Escola tratou da situação muito bem, mesmo quando era difícil controlar o distanciamento, principalmente nos intervalos.  Lembro-me que no início pensámos que ia ser só por duas semanas, mas as duas semanas tornaram-se dois anos que nos trouxeram desafios. Mas certamente foi uma mais-valia para nós como alunos, futuros profissionais, porque aprendemos a usar as tecnologias de informação, usar outros softwares, trabalhar de forma independente e a distância. Nós sempre aprendemos com as experiências que parecem ser difíceis. Espero, por isso, que este ano seja bom.

Manuel Pouzinho, 10.º C

ManuelFoi uma época muito diferente comparando com as outras. Foi introduzido o estudo online, coisa que eu não sabia que existia. Em suma, foi uma época diferente para mim porque estou acostumado a trabalhar com pessoas presencialmente. Esperava muito que as minhas notas não baixassem, mas só consegui manter algumas delas, pois infelizmente algumas desceram. Foi uma época muito diferente e espero que nada volte a acontecer que envolva pandemias como esta. A minha expectativa nesta nova época é que eu melhore as minhas notas e que consiga recuperar algumas matérias que não consegui aprender durante o período da pandemia.



Sofia Ferreira, 10.º A4

Sofia
No início, lembro-me, antes das férias da Páscoa, não pensámos que ia tomar uma proporção tão grande como tomou. Lembro-me, como se fosse ontem, quando começaram as aulas online e não sabíamos como é que funcionavam. Havia uma grande sobrecarga de trabalho para os alunos. Não vou mentir, desleixei-me um pouco; houve uma semana em que disse “Chega!”, porque já estava muito ansiosa. Eram muitos trabalhos por semana. Além disso, perdeu-se a união, o companheirismo nas turmas, porque só nos víamos do pescoço para cima. Agora que tudo está a voltar ao normal, sinto que será um bom ano para todos.

Ayanda



Muhammad Idrisse, 10.º B

A Covid foi uma eventualidade que serviu para a nossa aprendizagem como pessoas, como alunos. Na escola, as minha notas melhoraram e acho, por isso, que foi um período bom para a aprendizagem. Este ano, pretendo atingir os objetivos académicos. Estou também feliz por saber que o Desporto Escolar irá retomar para a nossa saúde e diversão.


Ayanda



Marco Grispos, 10.º C

Tive muitos altos e baixos, não posso mentir. Houve dias em que ficava feliz por ter aulas em casa e noutros tinha saudade dos meus colegas, de partilhar alguns momentos com eles. Tive muitas falhas e muitos altos, mas consegui levantar sempre. Estou feliz por finalmente termos aulas presenciais. Espero que este ano seja melhor, que eu consiga atingir os melhores resultados, porque houve coisas que não consegui atingir no ano passado. O mesmo desejo é extensivo aos meus colegas: espero que todos consigamos atingir os melhores resultados.

 

Manuel Dias, 10.º A1

Manuel

Ficamos mais de dois anos e meio sob influência da Covid nas nossas vidas. Foi preciso, por isso, adaptarmo-nos a diferentes tipos de aprendizagem, a diferentes tipos de vida. Quanto aos resultados escolares, continuo a ter os mesmos, mas sei que muitos passaram por momentos difíceis, não só ao nível escolar, mas também pessoal. Eu próprio sou exemplo disso.  Tive algumas dificuldades porque tínhamos um computador para dividir por três pessoas. Mas felizmente acabamos por nos adaptar à realidade.

 

Lena Dahi, 10.º A1

Lena

Os últimos dois anos foram difíceis porque fiquei longe de pessoas que eu gosto. Além disso, tive outras dificuldades na Escola. Por causa da sobrecarga de trabalho, tive problemas em algumas disciplinas como a Matemática. E isso foi devido à falta de prática e vontade. Quando não se tem ninguém para acompanhar, pressionar, a pessoa fica relaxada. Espero este 2022/2023 seja de muita prosperidade e que consigamos implementar tudo o que aprendemos durante a pandemia.



inicio ano 2022Abraços apertados, sorrisos, descontração e relatos sobre eventos das férias marcaram, hoje, o regresso às aulas dos alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos na Escola Portuguesa de Moçambique –Centro de Ensino e Língua Portuguesa. Sem máscaras e na, há muito, desejada normalidade, os alunos voltaram a dar vida à Escola, palmilhando cada corredor, conversando com professores, funcionários e colegas.

2022/2023 começa por ser diferente dos últimos reencontros entre estudantes e professores, marcados pelo período de pandemia da covid-19. E a presidente da Comissão Provisória da EPM-CELP, Luísa Antunes, tratou de contar a todos, num encontro havido na entrada da Escola: “Este ano está a ser especial por, finalmente, deixar de ser obrigatório o uso de máscara no recinto escolar. E isso traz igualmente a normalidade que sempre desejamos. Todas as aulas serão presenciais e voltaremos a ter todas as atividades extracurriculares, de complemento curricular e o desporto escolar”, avançou.

A dirigente recordou igualmente a responsabilidade de cada aluno para o alcance do sucesso escolar e o respeito pelas regras vigentes na Escola como, por exemplo o uso correto do fardamento. “Vamos aproveitar a oportunidade que temos para melhorarmos. Isso começa pelo respeito, pelo decoro. Com esforço, empenho e dedicação vocês todos são capazes de ter um ano de sucesso, tanto nas provas como na conduta. É bom tirar 20 numa disciplina, mas é melhor ter uma conduta irrepreensível. A nossa preocupação é formar melhores cidadãos para o mundo”, disse Luísa Antunes, para quem “essa é a nossa missão como Escola”.

Para além das regras e palavras de boas vindas, os alunos inteiraram-se também de alguns projetos levados a cabo pela Escola, como é o caso dos trabalhos do grupo ambiental Unidos Pelo Ambiente (UPA). Divididos, depois, em anos de escolaridade, os alunos do 11.º e 12.º anos assistiram ao filme de animação “Água mole”, das realizadoras portuguesas Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves. O filme foi projetado pelo Plano Nacional de Cinema (PNC) e discutido no Auditório Carlos Paredes.

Os alunos do 9.º ano realizaram diversas atividades ambientais em vários espaços da Escola. As aulas para os alunos desses anos iniciam amanhã e para os restantes anos de escolaridade na quinta-feira, dia 8 de setembro.
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visita costaNa passagem pela Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), integrada na visita oficial de dois dias a Moçambique, no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana, o Primeiro Ministro de Portugal, António Costa, inaugurou, na última sexta-feira, o refeitório da Escola e recebeu, no espaço, a comunidade portuguesa. Na ocasião, enalteceu, mais uma vez, o papel da EPM-CELP na difusão e promoção da Língua Portuguesa e o trabalho desenvolvido pela diáspora portuguesa em Moçambique.

Falando, sobretudo, sobre a representatividade de Portugal além-fronteiras, António Costa elogiou o dinamismo e a cooperação das comunidades portuguesas com outros povos. “O que nos distingue dos outros países é isso. Dentro de Portugal somos cerca de 10 milhões de habitantes, mas a nossa diáspora é enorme. E, quanto maior for a nossa diáspora, mais reconhecimento se tem de Portugal”, disse, acrescentando que “os melhores representantes de Portugal é cada uma e cada um dos portugueses que aqui vivem e trabalham”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, falou do privilégio de voltar a estar em Moçambique, passados 32 anos. Afirmou também que os portugueses em Moçambique constituem uma comunidade que faz a diferença tanto no país de acolhimento como no de origem.

Para o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, a retoma das cimeiras entre Moçambique e Portugal – ao cabo de três anos – veem restabelecer as relações entre os dois países, entre os seus povos. Na V Cimeira, assinaram-se seis acordos que visam apoiar Moçambique nas áreas de educação, segurança e justiça. O Acordo entre o Ministério da Educação e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua visa apoiar a implementação dos planos estratégicos da educação em Moçambique entre 2022 e 2026.

A visita à EPM-CELP terminou com a entrega das insígnias de oficial da Ordem do Infante D. Henrique a António Pinheiro, antigo cônsul português em Maputo, e com a habitual confraternização com a comunidade portuguesa em Moçambique. Para além do Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Embaixador de Portugal em Moçambique, o Primeiro Ministro António Costa fez-se acompanhar pela cônsul-Geral de Portugal em Moçambique, Maria Manuel Morais e Silva e por quadros do Estado moçambicano.

A EPM-CELP esteve representada na cerimónia pela sua Diretora, Luísa Antunes.
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