francofoniaProjeção de documentários com depoimentos diversos sobre a francofonia, cultura, desporto, história e monumentos; exposições, partilha de leitura e música, marcam, desde o dia 21 de março, o quotidiano na Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP). As atividades, que encerram amanhã, tiveram como tónica a celebração da Semana da Francofonia, cuja missão é, de acordo com os professores de Francês, Faira Semá e Mohamed Langa, tornar essa Língua num instrumento de comunicação e aproximação de povos.

De alunos para toda a comunidade educativa, no corredor, na descida pelo pátio Fernando Pessoa, os do sétimo ao nono ano do ensino básico mostram, em depoimentos vídeo, a riqueza e a influência da Cultura e Língua Francesa no Mundo. Falam dos países da francofonia, dos melhores desportistas, destacando o Mbappé, das infraestruturas, da cultura, da música, da culinária…numa clara promoção e difusão da Língua e do conhecimento do espaço francófono.

francofonia2Na Biblioteca Escola José Craveirinha, as exposições de literatura clássica francesa, como “Papillon”, de Henri Charrière, “Histórias dos Tempos Idos”, de Charles Perrault, entre outros e outra sobre a discriminação, a formação dos países, direitos humanos, e outros temas trabalhados em contexto de sala de aula, complementam a temática da efeméride.

Ainda integrado nas celebrações da francofonia, ontem, à noite, 22 alunos da Escola receberam os seus Diplomas de Estudos em Língua Francesa (DELF), reconhecidos para a frequência de estudos superiores em França, bem como a candidatura a empregos em organizações francófonas. Dos 22 inscritos, cinco foram aprovados para o Nível A2 e 17 para o B1. Realizado na nossa Escola pela segunda vez consecutiva, o programa visa promover, nos alunos, o interesse pelo Francês.

Para além do A2, este diploma tem outros níveis como A1, B1 e C1, C2 para os níveis mais avançados. O diploma é emitido pelo Ministério da Educação Francês e não tem prazo de validade. Só duas instituições, em Moçambique, podem certificar o exame DELF, o Instituto de Línguas e o Centro Cultural Franco-Moçambicano, parceiro desta iniciativa.

E, a unir o útil ao agradável, hoje, o Coro de Professores da EPM-CELP encantou, no átrio principal, a comunidade educativa com canções francesas que, mais uma vez, valorizaram a cultura identitária da francofonia.
francofonia 3
Hotel Cardoso 10Hotel cardos 5














Os alunos da turma do 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), no âmbito do módulo de Técnicas de Informação e Animação Turística (TIAT), em articulação com os módulos de Operações Técnicas em Empresas Turísticas (OTET), Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico (TCAT), Área de Integração (AI) e História, visitaram durante a tarde de terça-feira, 21 de março, o emblemático Hotel Cardoso onde tiveram a oportunidade de conhecer os diversos setores estratégicos da unidade hoteleira, como a receção, a cozinha, os quartos, as salas de conferência, o economato, a manutenção, os departamentos de RH e F&B, bem como áreas comuns como as piscinas, o restaurante, o ginásio e outros serviços. Guiados por técnicos e responsáveis pelas diversas áreas, nomeadamente o Sr. Cláudio Lipanga e o Sr. Paulo, os alunos puderam explorar os diversos espaços e observar situações práticas relacionadas com o seu Curso.

Num outro momento, os alunos conheceram a história do edifício, observaram a decoração de interiores onde a tradição convive com a modernidade e as principais tipologias de quartos existentes, bem como os serviços disponíveis na unidade, ao mesmo tempo que interagiam com os diversos profissionais com os quais foram contactando.

Para além dos módulos envolvidos, os alunos irão trabalhar estes conteúdos nos módulos de Inglês, Francês e TIC.

Esta foi mais uma aula prática repleta de referências que sustentam os conteúdos estudados em contexto de sala de aula.

CFM 1CFM 3

























Os alunos da turma do 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), no âmbito dos módulos de Técnicas de Informação e Animação Turística (TIAT) e Geografia, em articulação com os módulos de Operações Técnicas em Empresas Turísticas (OTET), Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico (TCAT), Área de Integração (AI) e História, visitaram, durante a manhã de sexta-feira, 17 de março, a Estação e o Museu dos Caminhos de Ferro de Moçambique onde tiveram a oportunidade de explorar os diversos espaços e observar situações práticas relacionadas com o seu funcionamento.  

Os alunos foram interagindo com o Guia do Museu dos CFM, Sr. Carlos Rodrigues, que foi mostrando a história e evolução das linhas de comboio ao longo do tempo, ligações aos portos marítimos e transportes aéreos, bem como a importância para o Comércio. Os alunos foram colocando questões e houve, também, disponibilidade para ouvir algumas histórias relacionadas com a temática daquele Museu, ponto turístico de interesse relevante da cidade de Maputo.

Atendimento, interesse histórico e arquitetónico do edifício, observação dos circuitos de visita e dos sistemas de sinalética e informação e ainda a exploração de áreas de acolhimento como “centros interpretativos ou zonas de lazer”, foram alguns dos temas abordados. Ali, os alunos puderam testemunhar a história dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique através da documentação, da conservação e divulgação do acervo em sua posse, instrumentos e aparelhos industriais do século passado, bem como a valorização da Estação Ferroviária de Maputo – edifício que aloja o Museu – e a preservação da sua memória. Além da exposição permanente no interior do edifício, mantém uma exibição temporária ao longo das plataformas de embarque e desembarque de passageiros.

Marco histórico de identidade na cidade, a estacão moçambicana foi incluída numa lista restrita da Revista Times, como uma das estações mais bonitas do mundo, da qual fazem parte as estacões de Antuérpia e Liége (Bélgica), London St. Pancras (Inglaterra), Terminal de Nova Iorque (Estados Unidos da América), Kuala Lumpur (Malásia), Atocha, Madrid (Espanha), Kanazawa (Japão), e Flinders Street Station, Melbourne (Austrália) e S. Bento, Porto (Portugal).

Além dos módulos envolvidos, os alunos irão trabalhar estes conteúdos nos módulos de Inglês e de Francês.

Esta foi mais uma sessão formativa prática que sustenta os conteúdos estudados em contexto de sala de aula, visando estimular e aprofundar conhecimentos ligados à área do Turismo.

Fica aqui a sugestão para uma visita à Estação e Museu dos CFM no próximo fim de semana!

Jesus pEm toda a sua extensão, a peça teatral do Maningue Teatro, “Jesus”,  uma adaptação do romance “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, de José Saramago, que se caraterizou como um encontro perfeito entre duas gerações e multidisciplinaridade em palco, expõe argumentos que, 32 anos depois da problematização da humanização de Cristo por Saramago, nos conduzem a uma tese:  Qual é a legitimidade dos propósitos de Deus? No seu todo, esta peça de teatro serviu “como instrumento de reflexão e de autoconhecimento desenvolvendo competências emocionais inigualáveis e momentos catárticos”, como comentou a professora Cláudia Videira após a estreia. O ciclo de exibição terminou na passada quinta-feira, 16 de março de 2023, na Escola Portuguesa de Moçambique Centro de Ensino e Língua Portuguesa, mas o seu impacto sustenta ainda debates e reflexões variadas.

Repensemos, agora, sobre esta trama, incorporada pela aluna Rita Morais, quanta presença em palco e tarimba artística a acompanham (!), como Jesus-novo e Diabo-adulto, Patrícia Alves, como Maria; Faira Semá, Dora Vieira e Sónia Pereira, como Deus, e Rogério Manjate, como Jesus-adulto. Quem conhece a história “oficial” de Jesus, escrita nos evangelhos, fica com a impressão, depois de ver a peça, que esta complementa toda uma história cheia de questionamentos.

Quem assim pensa não está de todo enganado. A verdade é que, a partir de uma ficção humanizada da vida de Jesus, agora recriada e transportada para o palco do Auditório Carlos Paredes pelo professor de Teatro, Rogério Majante, abre-se espaço, mesmo que ficcionado, para descortinar o outro lado de Jesus, cheio de dúvidas, questionamentos, dor, angústia, miséria e uma evidente recusa para ser o sacrificado para o bem de todos: “Rompo o contrato, desligo-me de ti, quero viver como um homem qualquer”.

Excelentes e catárticas, as personagens cumprem, em cerca de 45 minutos, os seus papéis: Jesus acorda atormentado pelos sonhos, estranhos, sobre a sua morte e de outros meninos, em Jerusalém. Sonha com o pai, José, e soldados que os queriam matar. Mas não entende, não sabe do que se trata e isso deixa-o apreensivo. Maria, sempre mãe, acalenta o coração do seu filho, mas sente que existem respostas que não podem ser dadas. Distrai-se, conta, retrai-se. A verdade sai, aos soluços, muito menos do que a carga de perguntas. Há inconformismo, desilusão, dor…e muitas dúvidas.Jesus 2

A narrativa não para, mesmo diante de sucessivas questões. Em instantes, as personagens, que mudam de rosto ao longo da história, transportam-nos para o outro mundo, onde as questões de Jesus se intensificam, agora dirigidas ao seu criador, Deus.

“Jesus” não é uma peça sobre a vida e obra de Jesus Cristo, como se poderia pensar. É uma história intrínseca, sobre os processos de legitimação de um poder, uma escolha, razões e frustrações do Filho de Deus. Talvez seja por essa razão que se usam e abusam os argumentos sobre a teoria da personalidade: “Quem sou eu”, questiona Jesus, sobre as suas origens, filiação, a sua grandeza e sobre os desígnios de Deus até à sua morte.

A peça busca a fuga ao cânone para nos transmitir a ideia do significado de “escolhido”, da submissão e missão, da legitimidade do poder, da “nomeação” sem consulta. Talvez seja por isso, o livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, de José Saramago, tenha sido considerado ofensivo por diversos setores da comunidade católica, tenha sofrido alguma repressão religiosa no seu próprio país.Jesus 4

Em toda a peça, Jesus surge desconexo, com interrogações sobre o seu valor salvador enquanto homem comum, mesmo que filho de Deus. “Morrerão centenas de milhares de homens e mulheres, a terra encher-se-á de gritos de dor, de uivos e roncos de agonia, o fumo dos queimados cobrirá o sol, o cheiro agoniará, e tudo isto será por minha culpa”, questiona Jesus a um Deus visivelmente seguro, determinado, cujos olhos revela, pelo menos para a plateia, o estado da sua alma.

É, na verdade, interessante perceber a forma como o ator e professor Rogério Manjate, reinventando-se, consegue transcender e dar múltiplos significados à história.Jesus 1

 Música e figurino: outra marca forte da peça

Outros elementos que tornam a peça “Jesus” memorável e artisticamente conseguida é o figurino da professora de Educação Visual, Sara Teixeira, e as melodias de Violino e Piano, de Agnes Golias e Leandra Reis. Os momentos de música, quebrando silêncios e traduzindo emoções dos personagens, foram úteis para ajudar a contar a história.

Escola e Excelência

Este grupo de professores e aluna está de parabéns pela excelência do projeto, mas está de parabéns toda a EPM-CELP porque, enquanto instituição, preconiza uma escola que se expressa e acontece para além das aulas, uma escola que se apropria da(s) Cultura(s) e de expressões estéticas diversas e se realiza, em pleno, enquanto instituição educativa, da Educação e para a Educação. Estamos já curiosos para assistir ao próximo projeto do Maningue Teatro.

AEPara um ciclo que se encerra, outro começa! É a partir desta base de pensamento lógico que a nova Associação de Estudantes da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) que, anteontem (15 de março) tomou posse, quer trabalhar, sob o prisma da mudança em várias áreas de interesse educacional. Yusra Ribeiro e seus coassociados são, a partir de agora, os rostos que comandam os destinos da associação, investidos numa cerimónia oficial dirigida pela presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP), Luísa Antunes, e que contou com a presença das Coordenadoras do 3.º ciclo e do Ensino Secundário, Cláudia Videira e Ana Besteiro, respetivamente.

Na cerimónia, a presidente da CAP lembrou que os objetivos da Associação de Estudantes devem sempre garantir a representação dos seus colegas em todos os níveis, incentivando-os e/ou inspirando-os a serem melhores alunos e seres humanos. Frisou ainda que, mesmo que o seu manifesto se mostre exequível, é sempre bom trabalhar de forma realista para que não prejudiquem o seu aproveitamento.

AE 2Com dezenas de projetos na manga, para este ano letivo de 2022/20223, a nova direção da AE quer implementar Spirit Weeks, um momento de partilha de conhecimentos, divulgação de culturas e expressividade de identidades. Outro objetivo é, na última semana de cada período, atribuir prémios aos melhores alunos do desporto escolar, para incentivar a prática das atividades desportivas extracurriculares.

Têm, igualmente, em mente a realização de feiras das profissões, atividade na qual diversos profissionais de áreas diferentes estarão disponíveis para explicar as características dos seus trabalhos e esclarecer dúvidas dos alunos; de um torneio de futsal e a participação ativa nas feiras de Saúde Escolar.

Para o mandato 2022/2023, os Membros Constituintes da AE são:

Direção
Presidente | Yusra Ribeiro
Vice-presidente | Keyla Baúque
Secretário | William Roberts
Tesoureira | Elisângela Vieira
1.º Vogal | Nicola Hristov
2.º Vogal | Pires Zingombe
3.º Vogal | Zarren Jossubo

Suplentes
Muhammad Sudeis
Atiane Muhate


Conselho Fiscal
Presidente | Chloe Trevisan
Vice-presidente | Adriana Costa
Secretário | Natasha Marques

Mesa da Assembleia-Geral
Presidente | Luana Camará
Vogal | Leuman Mucheleze
Secretário | Marcelo Tavares

--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--<>--

Topo