VISITA DE ESTUDO | Alunos do 12.ºC apresentaram trabalhos na Fortaleza de Maputo
No dia 5 de dezembro, os alunos da turma “C” do 12.º ano estiveram na Fortaleza de Maputo onde apresentaram o resultado de dois trabalhos de pesquisa sobre o poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, Fernando Pessoa, e a sua presença em África. Num projeto de interdisciplinaridade, juntaram-se as disciplinas de História e Português para que os alunos pudessem adquirir e aprofundar conhecimentos sobre um dos maiores vultos da literatura portuguesa, associando-os a uma das figuras mais importantes da história de Moçambique, o último rei de Gaza, Reinaldo Frederico Gungunhana, ou simplesmente Ngungunhane.Depois de um trabalho desenvolvido ao longo do primeiro período, o cenário escolhido pelos dois grupos para a sua apresentação foi a Fortaleza de Maputo. Num ambiente repleto de simbolismo, entre a projeção de imagens e textos históricos, a declamação de poemas e a exposição descontraída, alunos e professoras partilharam momentos de ensino e aprendizagem diferentes.
DISTINÇÕES | “Museu da Revolução” de João Paulo Borges Coelho em segundo lugar do Prémio Oceanos
Já são conhecidos os vencedores da 19.ª edição do Prémio Oceanos 2022, uma das maiores distinções literárias em Língua Portuguesa. A escritora portuguesa Alexandra Lucas Coelho ficou em primeiro lugar, com “Libano, Labirinto”; o moçambicano João Paulo Borges Coelho, em segundo lugar com “Museu da revolução”, e a brasileira Micheliny Verunschk, em terceiro, com a obra “O som do rugido da onça”. O anúncio dos vencedores foi feito hoje, pela primeira vez num país africano, em Moçambique.Neste contexto, a Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) congratula os laureados, em particular, o escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho pela sua relação com a nossa Escola e pelo seu trabalho em prol da literatura e da história em Moçambique.
João Paulo Borges Coelho nasceu no Porto, Portugal e naturalizou-se moçambicano. É escritor, historiador e professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Publicou 13 livros, entre os quais destacam-se: “As visitas do Dr. Valdez”, vencedor do Prémio José Craveirinha, e “O olho de Hertzog”, vencedor do Prémio LeYa.
LIDERANÇA | Nova APEE inicia trabalhos em reunião com representantes dos Encarregados de Educação de cada ciclo de ensino
Realizou-se, no dia 7 de dezembro, a primeira reunião da nova Direção da Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEE) da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) com os representantes dos Encarregados de Educação (EE), com o objetivo de apresentar os elementos desta e a sua metodologia de trabalho e organização.Encontrando-se a escola organizada em cinco ciclos de ensino, entendeu esta Direção seguir o mesmo modelo, tendo destacado, por isso, cinco dos seus elementos que passarão a manter o contacto com os representantes dos EE de turma de cada ciclo, assim como com os cinco Coordenadores Pedagógicos da EPM-CELP. Um sexto elemento da Direção terá um papel determinante na vertente da comunicação, garantindo a articulação e coerência de ações entre os ciclos.
No encontro, estiveram representadas mais de 45 turmas dos cinco ciclos, com uma maior adesão dos 1.º, 3.º Ciclos e Secundário, tendo-se iniciado um momento de discussão e de partilha de desafios específicos de cada ciclo e outros transversais. O compromisso assumido por este conjunto de pais e mães representantes é estar presente, ouvir e fazer chegar as preocupações e/ou ideias de caráter transversal e abrangente, devidamente fundamentadas, aos órgãos competentes e dar resposta do curso das suas ações.
Está ainda prevista a realização de duas reuniões presenciais por ciclo e por período (no início e no final) com os representantes dos EE, lançando o desafio para uma adesão crescente no futuro, pois, no final, todos queremos o melhor para os nossos alunos. Refira-se que os EE terão aqui um papel mais ativo no contacto com os representantes dos Encarregados de Educação das diferentes turmas.
VISITA DE ESTUDO | Alunos do 12.ºA1 visitaram o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
No passado dia 15 de novembro, a turma A1 do 12.º ano realizou uma visita de estudo ao Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), no âmbito da disciplina de Biologia.
O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) criado em 1996, é um centro de investigação altamente especializado e com forte capacidade de investigação em doenças transmissíveis prevalentes em Moçambique, com particular enfoque nas principais causas de mortalidade no país (Malária, HIV/SIDA, Tuberculose e doenças bacterianas). A atuação do CISM centra-se na pesquisa. Para tal, conta com plataformas de pesquisa (vigilância geográfica e demográfica e vigilância de morbilidade), serviços de apoio à pesquisa (laboratório, tecnologia de informação, gestão e análise de dados) e formação. Gera também evidência científica, capaz de influenciar a elaboração e atualização de políticas sanitárias em Moçambique e no Mundo, e cria líderes científicos não somente para a sustentabilidade do Centro e para o desenvolvimento das capacidades de investigação em saúde em Moçambique, como também para liderar o desenvolvimento do país no sector da Saúde.
Esta visita foi planeada com os objetivos de os alunos refletirem e aprenderem com o trabalho realizado no CISM, assim como, contribuir para as suas decisões profissionais futuras. Durante a visita, os alunos aprenderam metodologias de extração de ADN de microrganismos (patógenos), técnicas de PCR para amplificação de ADN de organismos de interesse, processos usados em genética.
Os alunos puderam, ainda, visitar os laboratórios de parasitologia, bacteriologia, biologia celular e molecular, o insectário, onde há a produção de mosquitos e a sua análise morfológica, que serve para ajudar no combate à Malária.
DIREITOS HUMANOS | Alunos querem “ter voz”!
Com o objetivo de assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), e no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, os alunos do 6.ºB elaboraram o vídeo “Queremos ter voz!”.
Com este vídeo os alunos procuram chamar a atenção para as desigualdades que ainda existem no Mundo e que promover a mudança está em cada um de nós!
A música de fundo do vídeo (“Maria Capaz”) foi gentilmente cedida pela rapper portuguesa Capicua (Ana Fernandes), a quem desde já agradecemos.
DESTAQUE | Alunos do 11.ºA1 realizaram uma saída de campo ao arquipélago da Inhaca
De 25 a 27 de novembro de 2022, a turma do 11.ºA1 realizou uma saída de campo ao arquipélago da Inhaca no âmbito das disciplinas de Biologia-Geologia e Educação Física. Esta saída de campo teve como finalidade a observação e identificação da biodiversidade local, a sensibilização para questões ambientais relacionadas com a intervenção antropológica, nomeadamente a poluição e a erosão costeira, bem como a promoção de momentos de confraternização e fortalecimento das relações interpessoais.Na sexta-feira, dia 25 de novembro, a turma partiu de Maputo via barco em direção à Inhaca, com passagem pela ilha dos Portugueses. Após o almoço, passámos uma bela tarde de praia no extremo sul da ilha: praia da Ponta Torres, um dos mais emblemáticos pontos turísticos da ilha, onde observamos as formações geológicas e as adaptações dos mangais.
O dia seguinte contou com a visita ao Museu de Biologia Marinha da Inhaca e ao Herbário, intercalado com a realização de atividades físicas. Com estas atividades, tivemos a oportunidade de adquirir conhecimentos históricos e biológicos da ilha, com a visualização da coleção de espécies do museu e do herbário. De seguida, explorámos o “saco da Inhaca”, numa atividade acompanhada de um especialista da UEM, que nos deu a conhecer as diferentes espécies de mangal presentes na ilha e as suas adaptações morfológicas e fisiológicas. O entusiasmo de alguns alunos foi tanto que recolheram amostras físicas destas mesmas espécies, o que resultou na criação de um “mini” herbário escolar. O tempo era escasso, mas o encontro com o régulo era inevitável, pelo que, ao início da tarde, rumámos ao norte da ilha. Após um momento de partilha enriquecedor, seguimos a nossa viagem até ao Farol, o local de maior altitude da ilha, onde pudemos ter uma espetacular vista panorâmica da mesma e do que a envolve. Em ambos os dias, a atribulada jornada terminou com um jantar no restaurante Tropical, onde degustámos a gastronomia local.
No último dia, apesar dos constrangimentos meteorológicos, fomos ainda capazes de fazer uma caminhada pela praia, na qual não faltaram estrelas-do-mar e crustáceos.
No final, tudo se resumiu a um fim de semana memorável, marcado, não só pela oportunidade de aprendizagem, mas também por risos, convívio, e tudo aquilo que faz destes momentos inesquecíveis. Os alunos mal podem esperar pela próxima visita, ficando a dica para os nossos futuros professores…
Texto: Ana Reis e Rodrigo Garrido, alunos do 11ºA1
EXPOSIÇÃO | Reciclar pela arte e pela sustentabilidade!
Com esta coletiva, os artistas propõem-se, igualmente, refletir sobre as várias incertezas atinentes ao presente da Humanidade no que ao consumo sustentável diz respeito. E explica António Silimo: “Eu, como artista, já estou a fazer a minha parte. Quando reutilizo o papelão, permito que este produto – muitas vezes lixo – não inunde as ruas. Imagine se fôssemos muitos os artistas com essa técnica de reciclagem, teríamos uma cidade limpa”.
A trabalhar a arte há mais de uma década, Jorge Cupula vê na reciclagem um alicerce das suas construções. Trabalha o ferro, o alumínio e dá formas e sentidos a todos os materiais metálicos, vendidos, às vezes, por catadores de ferro, vizinhos, principalmente crianças, que lhe cedem a matéria prima por não encontrarem nela algum sentido. “Eu trabalho mais com panelas velhas, plásticos, ventoinhas e tampas estragadas, chapas de zinco, e muito mais. São materiais que muitas vezes apanho na rua ou nos txovas”, disse o artista para quem “é sempre bom partilhar o meu conhecimento técnico com as crianças”.
A amostra destaca o tema da Sustentabilidade do Homem na Terra como eixo estruturante do Plano Cultural de Escola da EPM-CELP para 2022/2023 e mostra-se como uma proposta universal que, por isso, não quer apenas pensar o impacto ou as consequências do consumismo no Mundo, mas colocar a comunidade educativa a apreciar o belo da arte. Os presépios, as esculturas trabalhadas em ferro, as máscaras em materiais de metal reutilizado, as figuras humanas em arame e outros materiais reciclados são disso um exemplo de atrativos expostos no átrio central da EPM-CELP.